domingo, 27 de fevereiro de 2011

O Skate pelo olhar dos skatistas

A edição de numero 27 de sábado, 19 de fevereiro de 2011, do Jornal Plantão Popular, traz a noticia “Skate sobrevive em Parintins”. O título é direto e dá a noção do tema a ser abordado, aguçando a curiosidade do leitor. A notícia da uma boa ênfase aos skatistas, sujeitos da matéria, mostrando que não são pessoas desocupadas, mas sujeitos  totalmente comuns de nossa sociedade. Para ficar mais próximo do tema e do leitor, o escritor utiliza termos da linguagem própria dos skatistas, de forma que seja de fácil entendimento o que ocorre, e como, para que sua prática de lazer sobreviva.
Tentando desmistificar a ideia preconceituosa que se tem dos praticantes do esporte, o escritor mostra, a partir da fala de alguns skatistas, que eles são pessoas que trabalham, estudam, e que figuras conhecidas da cidade também praticavam o esporte com eles.
No geral, a noticia mostra a ideia e o sentido que os próprios sujeitos dão ao tema, algo muito próximo do chamado jornalismo social, que tem a função de informar o publico através do próprio publico, dando voz ao povo.
O chapéu, que no jornalismo são palavras que vem acima do titulo para ajudar com as informações, traz o termo “radical”, comumente usado pelos skatistas, fazendo com que o leitor se sinta próximo ao tema. A fotografia em destaque, mostrando um jovem praticando o esporte com os seus rústicos materiais, completa a noticia, mostrando parte das dificuldades encontradas para praticar a modalidade. A imagem está acompanhada de uma legenda com o texto “Manobras radicais são desafios para os skatistas”, que se torna um pouco redundante, fornecendo um clichê óbvio à matéria.
O jornal continua com alguns erros ortográficos, mas o destaque é a mal sucedida tentativa de relação entre o texto e a foto, em que a legenda aponta que o esporte é praticado no lado vermelho da Praça dos Bois, quando a fotografia mostra a Praça da Liberdade...
Helder Ronan de Souza Mourão

Agenda do Estado

Um novo veículo jornalístico em Parintins, o impresso denominado “Plantão Popular”, roda de terça a sábado na cidade. Com uma única página formato A3 em preto e branco, o editor Floriano Lins, estudante do curso de jornalismo, vem trazer a nova opção de informação noticiosa no município.
A edição de numero 26 de sexta feira, 18 de fevereiro de 2011 traz o titulo “Dirigentes buscam apoio estadual”, que se trata de um titulo comum e direto dando ênfase na ação expressa na matéria, porém sem especificá-la, fazendo com que haja a necessidade de ler a noticia para entender de fato o tema da notícia. É um interessante artifício para aguçar a curiosidade do leitor sobre o tema.
Com informações insuficientes, a noticia vai se desenrolando e dando uma ideia inicial do tema em questão - aspirações do poder publico - caracterizando claramente uma matéria de assessoria da prefeitura, já que o sentido da notícia direciona-se ao agendamento do evento que vai acontecer, bem como sua pauta. Não há realmente muito para informar, com clara exceção deste aviso do que vai acontecer. Parece que o texto visa apenas marcar o evento na lembrança dos leitores, e não sua possível relevância para os parintinenses.
O valor da notícia não está claramente definido, a síntese da matéria diz que um grupo ambiental denominado GRUPACOM vai se reunir com entidades do governo para decidir sobre o apoio, monitoramento e fiscalização de áreas que não são explicitadas no texto.
Além de erros ortográficos notórios, a notícia termina com a fala da coordenadora do GRUPACOM, Joana D’arc Ribeiro, trazendo uma informação de pouca importância para a matéria e com uma grande confusão na edição da entrevista, fazendo ficar difícil o entendimento do pronunciamento.
A notícia traz um chapéu - que no jornalismo é a denominação de algumas palavras que vem acima do titulo para melhor informar o leitor - que pouco ajuda na noticia, trazendo apenas a sigla de um dos sujeitos da matéria.  A fotografia é bastante conceitual, traz uma imagem simples e sem muita informação extra à notícia, é apenas um enfeite, e a legenda traz ainda redundância, só repete o que já foi dito no texto.
Acesse aqui a matéria original, da qual a crítica foi feita. 

Helder Ronan de Souza Mourão