Reportagem

A doença que a sociedade pune

Parintins tem aumento de cerca de 30% dos casos de Aids a cada ano. Despreparo na hora do atendimento, preconceito e falta de campanhas mais incisivas podem ser as respostas
Yasmin Gatto Cardoso

Drama, despreparo, frieza e constrangimento são as palavras mais utilizadas pelas pessoas que fizeram o teste rápido para o HIV no Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) e aceitaram relatar para o Lacrima.
Ciente de que ia fazer o teste, K.S sai de casa tranquila, quando chega ao CTA e percebe como está sendo tratada e olhada, a tranquilidade deixa de existir. O nervosismo e o frio na barriga tomam conta de K.S principalmente quando a psicóloga a chama para receber o resultado.
As pessoas responsáveis por fazer o teste no laboratório nos olham como se estivéssemos feito algo de errado. Não é como se a gente fosse fazer um exame de sangue onde as pessoas falam com a gente, dizem que vai doer, como vai ser, lá no laboratório elas sequer olharam para mim”.
A minha maior preocupação é em relação aos resultados que dão positivo porque comigo que deu negativo ela já foi dramática, imagine com quem é soropositivo, as pessoas devem sair dali desesperadas, imaginando que vão morrer”.
Eu nunca tinha feito o teste antes, mas a experiência foi tão ruim que não quero passar por isso novamente, pelo menos não aqui” (Mulher, 21 anos, casada).
Marido de K.S, E.S também foi ao Centro determinado a fazer o teste, pois já fazia parte de sua rotina. Mas, chegando lá o despreparo na hora do atendimento o assustou.
Quando cheguei ao laboratório, eu achei as pessoas muito frias, nem olharam direito pra gente. A pessoa responsável por fazer o teste comigo perguntou por que eu fui fazer e respondi que era exame de rotina, mas ela não fez o questionário para saber se eu estava dentro do grupo de risco, como é de costume em outras cidades” (Homem, 21 anos, casado).
Outra pessoa que foi fazer o teste nos relatou sua experiência. O nosso entrevistado também nos disse que em nenhum momento houve a identificação da profissional, no final do teste foi ele quem perguntou qual a profissão dela.

A enfermeira começou a fazer o questionário e foi nesse momento em que eu senti o despreparo dessa profissional, ela começou a fazer perguntas sobre a minha vida pessoal, se eu bebo, se eu uso drogas, o tempo todo com um risinho escondido em relação a algumas coisas que eu respondia, principalmente em relação ao número de parceiras, ela é enfermeira e lida com esse tipo de coisa, não pode agir assim”.
Durante o questionário eu perguntei se eu podia falar abertamente e ela disse que sim, que era sigiloso. Depois de ela falar sigiloso, começamos a conversar mais, depois disso, ela expressa informações de outras pessoas, não dando nome, mas contando os casos que existem aqui, dando detalhes de outras entrevistas pra mim. Se o questionário é seguro ela não podia fazer isso”.
Achei constrangedor os comentários sobre outras entrevistas, eu achei ruim os risos, a chacota. É o despreparo de uma profissional que trabalha fazendo testes e aconselhamento” (Homem, 37 anos, solteiro).

Esse é um recorte do retrato dos profissionais que trabalham no CTA, o único Centro que faz testagem em Parintins, um município que detém de estrutura para cuidar de casos de AIDS, mas o número só aumenta a cada ano. Talvez aqui, nesses relatos, esteja o porquê desse crescimento.



HIV/AIDS*
Ainda hoje existem pessoas que desconhecem a diferença entre o HIV e a AIDS, entendendo esses conceitos como se fosse uma coisa só. É preciso que se conheça essa diferença, pois o vírus da imunodeficiência humana - HIV - é um retrovírus que causa a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS, que é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico.
Há várias fases da doença, a primeira fase é chamada de infecção aguda, quando ocorre a incubação do HIV (tempo da exposição ao vírus até o surgimento dos primeiros sinais da doença). Esse período varia de 3 a 6 semanas. E o organismo leva de 30 a 60 dias após a infecção para produzir anticorpos anti-HIV.
A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus, mas que não enfraquece o organismo o suficiente para permitir novas doenças, pois os vírus amadurecem e morrem de forma equilibrada. Esse período pode durar muitos anos, e é chamado de fase assintomática.
Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns. A fase sintomática inicial é caracterizada pela alta redução dos glóbulos brancos do sistema imunológico – linfócitos T CD4 - que chegam a ficar abaixo de 200 unidades por mm³ de sangue. Em adultos saudáveis, esse valor varia entre 800 a 1.200 unidades.


Histórico*
No Brasil foi descoberta na cidade de São Paulo o primeiro caso no ano de 1982. Segundo dados do Ministério da Saúde, desde o início da epidemia até junho de 2011 foram notificados 608.230 casos registrados de AIDS em todo país.
O Amazonas é o terceiro no ranking de estados com maior incidência da síndrome, sendo 30,9 casos a cada 100 mil habitantes. Os estados do Rio Grande do Sul e Roraima são os primeiros colocados, respectivamente (acompanhe a tabela I no fim da reportagem).
No município de Parintins, localizado há 325 km da capital do Estado, o primeiro caso foi diagnosticado no ano de 1992. Desde esse ano os casos da doença vêm aumentando consideravelmente, havendo uma pequena diminuição no ano de 2012. A Policlínica Municipal Padre Vittorio Giurin foi a pioneira nos tratamentos da doença no município, e no ano de 2007 surgiu o Centro de Testagem e Aconselhamento – CTA - que passou a fazer os testes rápidos de HIV e encaminhar os pacientes soropositivos para a policlínica.
Os dados mais recentes da casa Padre Vittorio datam do dia 14 de setembro de 2012, a planilha fornecida indica que desde o ano 2000 até 2012 o total de casos é de 271, sendo 195 pacientes vivos, 76 óbitos e 103 em tratamento.
Segundo a técnica do centro de citologia, Yomara Pessoa Garcia, Parintins é um município polo de tratamento. Alguns municípios do interior do estado também fazem tratamento na cidade. São eles: Nhamundá, Barreirinha, Juruti e alguns casos raros de Santarém. Isso acontece devido a cidade ter mais estrutura para lidar com os pacientes portadores do vírus, sendo que já faz esse acompanhamento há mais de duas décadas.


Tratamento em Parintins/Manaus
O município de Parintins hoje tem apenas um lugar para fazer o teste rápido de HIV, que é no CTA. A enfermeira Mireille Maia falou que “atualmente é assim, mas o ministério da saúde tem um programa chamado Rede Cegonha que vai disponibilizar o teste em todos os postos de saúde do município, mas ainda não foi implantado”.
De todas as doenças existentes no município, há aquelas em que existe suspeita do paciente ter o vírus da Aids. Conforme essa especulação o paciente é encaminhado ao CTA para fazer o teste rápido, se der positivo eles encaminham por escrito o paciente para a policlínica Padre Vittorio, e o tratamento fica sendo feito somente lá. A equipe da policlínica responsável pelos portadores do vírus conta com três enfermeiros que são responsáveis por receber os pacientes encaminhados.
O primeiro procedimento feito é o de enfermagem, depois as consultas médicas e dependendo da situação do paciente, ele também é encaminhado à assistente social. Parintins só conta com uma psicóloga que orienta os portadores do vírus, e ela fica trabalhando diretamente no CTA, mas de acordo com uma das enfermeiras do Serviço de Assistência Especializada – SAE, Ivanira Pimentel Lemos, “os pacientes já tem o primeiro contato com a psicóloga no CTA e quando nós precisamos da psicóloga na casa Padre Vittorio ela vem sem problema nenhum e também faz visitas nas casas, junto com os enfermeiros”.
Desde 1992 a Padre Vittorio conta com um banco de dados dos portadores do vírus, é nele que consta o número de identificação de cada paciente, os prontuários, exames feitos, xerox de documentos, evolução da doença e pareceres clínicos.
Segundo Inanira Lemos, os pacientes só são encaminhados para Manaus quando o quadro da doença está muito grave e eles percebem que não podem mais fazer o tratamento na cidade. “Para que o tratamento ocorra bem o paciente precisa ter uma boa alimentação, mas alguns não têm condições, param de tomar os remédios porque são fortes, e os sintomas da Aids começam a aparecer. A gente resolve internar ou no hospital Padre Colombo ou no Jofre Cohen e quando vemos que é preciso um especialista, no caso um infectologista, fazemos o encaminhamento para Manaus”, enfatiza a enfermeira.
Quando o médico encaminha para Manaus, automaticamente o paciente está sendo transferido para a Fundação de Medicina Tropical - FMT, onde fará o tratamento com o infectologista. O encaminhamento é feito por meio do documento assinado pelo médico e chama-se Tratamento Fora do Domicílio – TFD, no qual constam todos os dados do paciente. Segundo Ivanira Lemos, o paciente encaminhado recebe toda assistência, há uma casa filantrópica que os pacientes podem ficar, há uma equipe social que realiza todo o trabalho de assistência a eles e aos familiares. A enfermeira também buscou enfatizar que o tratamento que é feito no município é igual ao que é feito na capital do estado.

Número de casos registrados
É difícil avaliar desde quando houve um aumento significativo no número de casos de Aids em Parintins, pois esses registros só começaram a ser feitos em 92, mais ou menos junto com o surgimento do SUS. Desde esse ano até hoje, já houve um crescimento da cidade e é preciso que se leve isso em consideração”, afirma Ivanira Lemos.
Os casos de HIV/Aids só começaram a ser divulgados pela mídia a partir do ano de 2004 e foi aí que os registros tiveram uma significância maior. A enfermeira ressaltou: “Não posso dizer que não tinha muitos casos, Parintins sempre teve muito. Os casos são proporcionais à população, naquele tempo tinha de acordo com aquela população, hoje com mais de 100 mil habitantes, tem muito caso. O registro é muito alto atualmente, se formos considerar por serviço, são mais de 300 casos desde 1992”.
A incidência dos casos na cidade é muito alta, segundo a enfermeira os órgãos responsáveis e a própria imprensa sabem que o índice é alto e que teoricamente forma uma epidemia silenciosa. “Todos sabem que ela existe, mas ela continua avançando devagar. Essa doença não é como a dengue, por exemplo, que quando explode vai contaminando todo mundo, os hospitais ficam lotados, há uma mobilização de limpeza nos quintais. A Aids não, ela é silenciosa até certo ponto e a pessoa só sabe que tem quando faz o teste”, explica a enfermeira.
Em 2009 foi feito um levantamento acerca dos números registrados no município desde o ano de 2000 e foi constatado que a cada ano cresce em cerca de 30% o número da doença. É como se somasse o número de casos de um ano mais 30% do outro ano e assim por diante (2012 [número de casos] + 30% = número de casos em 2013).
De cerca de 300 casos notificados no município, somente 103 pessoas fazem o tratamento com o uso de medicação, que é conhecido popularmente como coquetel, no caso, o antirretroviral e 40 pacientes fazem o tratamento sem precisar do uso do medicamento, utilizando somente os serviços clínicos e psicológicos. Ainda assim, 157 pacientes desistiram, desaparecendo sem dar explicações.
De acordo com dados da policlínica o maior número de casos da doença é em heterossexuais e o principal motivo é o sexo sem camisinha. Em todos os anos eles são o primeiro grupo com maior incidência da doença e em seguida são os homossexuais. “Ainda existe muito o preconceito com os homossexuais, as pessoas acham que só pega Aids quem é gay e isso não existe. Se a pessoa está em alguma situação de risco, ela pode contrair a doença”, afirmou a enfermeira Ivanira Lemos.
As situações de risco são o sexo sem camisinha (oral, vaginal ou anal); compartilhamento da mesma seringa ou agulha e a mãe infectada pode passar o HIV para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação.

Campanhas
Cartaz publicitário do Ministério da Saúde
Nacionalmente existem duas grandes campanhas, que são a campanha do carnaval e a campanha do dia 1º de dezembro (Dia Mundial de Combate à Aids). O município de Parintins conta com uma campanha a mais, no período do Festival Folclórico.
Segundo a enfermeira Ivanira Lemos, as campanhas no município são muito focadas nesses períodos, mas a assistência básica complementa esse trabalho, fortalecendo a prevenção.
Existem as campanhas onde o CTA se torna itinerante, ele sai daqui e vai para as unidades de saúde, vai para as escolas, para os interiores, para onde for solicitado. A campanha é feita por meio de palestras, distribuição de camisinhas e oferecimento do teste rápido”, afirma a enfermeira Mireille Maia. O que se pode perceber é que as campanhas realizadas no município são insuficientes, pois mesmo a cidade tendo três campanhas o número de incidência ainda continua alto.
A psicóloga do CTA, Maria Aparecida Vicente da Silva, diz: “Acredito que agora deu uma equilibrada no número de casos, porque antes eu era muito solicitada. Por exemplo, no ano de 2012 foi bastante falado na mídia, então veio muitas pessoas procurando o Centro para fazer o teste e poucos foram os resultados positivos, mas o ano de 2010 foi bem intenso em relação aos reagentes positivos para o HIV”.
A médica acredita que com a divulgação das campanhas as pessoas tomaram mais consciência em procurar fazer os testes e se preservar, diminuindo os números de casos dentro de Parintins.
A distribuição de camisinhas em Parintins é feita nos postos de saúde e de forma itinerante na época das campanhas. Há quem diga que o fato de pedir camisinhas em postos de saúde é constrangedor, pelo fato que as pessoas olham com certo preconceito para quem faz isso.
Eu cheguei lá no posto de saúde, disse que queria camisinha e me encaminharam para a farmácia, o moço perguntou quantas eu queria e vim embora. Não tive nenhum constrangimento em relação a isso” (Homem, 20 anos, solteiro).
Fui lá no posto de saúde, disse que queria camisinha a mulher me olhou da cabeça aos pés e perguntou minha idade, se eu era solteira ou se tinha um companheiro e de forma muito automática me cedeu as camisinhas” (Mulher, 22 anos, casada).
Pelos relatos acompanhados houve diferença no tratamento do homem e da mulher. No município ainda existe grande preconceito em torno dessa questão de gênero, só o homem pode fazer isso, a mulher não.

Enquete: “O POVO FALA”
Antes dessa reportagem não sabíamos nada sobre campanhas de combate à Aids no município. Intrigados com as informações recebidas, de que elas são efetivas, a equipe Lacrima saiu às ruas de Parintins para perguntar a população sobre o conhecimento das campanhas contra a Aids.
Fizemos uma enquete perguntando sexo e idade; se as pessoas conheciam as campanhas e se elas já tinham ido a um posto de saúde para pedir camisinhas. Dos 60 entrevistados, 36 foram homens e 24 mulheres entre dezenove e quarenta e cinco anos. Sobre camisinhas somente 11 pessoas admitiram ter ido a um posto de saúde. Acerca das campanhas, 28 pessoas admitiram que as conhecem, mas nunca participaram de nenhuma e 32 pessoas desconhecem totalmente a existência de campanhas dentro do município.
Não possuímos métodos quantitativos exatos, mas o “povo fala” foi uma maneira que a equipe de reportagem encontrou para contrapor certas informações que nos foram passadas pelos órgãos oficiais. E que fique claro que esses números são uma estimativa feita de forma aleatória que mostra um resultado parcial sem preocupação com análises estatísticas.
Contudo, essa sondagem permite aferir que as campanhas não são tão incisivas, pois a maior parte dos entrevistados não participa das ações feitas pelos órgãos de saúde ou mesmo desconhecem.

Preconceito

Campanha denuncia intolerância

Magro, quase sem cabelos, com alergias em todo o corpo, dificuldade na fala e mãos tremendo por conta do uso do medicamento, S.G. de 33 anos aceitou dar um depoimento com a condição de que não tivesse o nome divulgado. O motivo? Medo do preconceito.
Há seis meses, S.G. descobriu que estava infectado com o vírus da Aids já em estado avançado. Segundo ele, só soube que estava com a doença porque sofreu um acidente de moto e teve que fazer uma série de exames, inclusive o teste rápido de HIV. “Sabia da existência da doença, mas nunca achei que fosse acontecer comigo, por isso nunca me preocupei em fazer o teste”, disse.
Homossexual assumido, ele nunca teve medo de mostrar sua orientação sexual para a família e amigos. Quando soube que estava com Aids sua primeira reação foi o desespero. Depois, mais calmo, teve que contar para a família sobre a doença: “Quando soube que estava com Aids, pensei que fosse morrer, mas depois minha mãe disse que só dependia de mim fazer o tratamento certo, para viver por muito tempo ainda”, explicou.
Segundo a enfermeira Ivanira Lemos, o preconceito existe com a Aids, seja o portador homo ou heterossexual. “O preconceito é igual quando se tem o vírus, mas as pessoas tem preconceito com vírus ou sem ele para com os homossexuais. Parece que está escrito na testa deles: TENHO AIDS, o que aqui em Parintins é bem o contrário”.
Por ter descoberto a doença em um estágio grave, S.G. teve que ser encaminhado para Manaus. Chegando lá, foi fazer outra série de exames na Fundação Tropical, onde recebeu apoio da equipe clínica. Ele disse que em Manaus não sentiu nenhum preconceito por parte das pessoas que cuidavam dele, o que fez com ele ficasse mais calmo.
Mas, ao contrário do que nos foi relatado aqui, a única ajuda dada a ele pelo município de Parintins foram as passagens. Em Manaus tudo foi por conta própria, comida e transporte o que dificultou o tratamento, pois segundo ele, a família não tinha condições para isso.
Atualmente, já está sendo tratado no município e quase todos os dias recebe visitas de médicos, enfermeiros e agentes de saúde. Tem tomado o coquetel várias vezes por dia e acredita que a família é o melhor suporte nessa hora. Um momento em que foi difícil para ele, foi quando todos os pacientes do quarto em que estava no Tropical foram morrendo aos poucos. “Foi desesperador, eu sei que eu vou morrer com essa doença, mas ainda acredito que tenho muito tempo pela frente, vou me recuperar com os remédios e ainda quero voltar a trabalhar na confecção das roupas do meu boi”, desabafa.

Fontes consultadas:
* (Alguns dados foram retirados da página do MS), acompanhe:
Tabela I
Estados com maior incidência de AIDS


Unidade da Federação

Número de casos a cada 100 mil habitantes

Rio Grande do Sul
37,6
Roraima
35,7
Amazonas
30,9
Santa Catarina
30,2
Rio de Janeiro
28,2
Espírito Santo
20,4
Pará
19,5
Paraná
19,0
Mato Grosso do Sul
17,9
Mato Grosso
17,4
Amapá
17,2
Pernambuco
17,0
Rondônia
16,6
São Paulo
15,9
Distrito Federal
15,8
Maranhão
14,1
Goiás
14,0
Bahia
12,0
Minas Gerais
12,0
Sergipe
11,9
Ceará
11,1
Piauí
11,0
Rio Grande do Norte
10,6
Alagoas
10,6
Paraíba
10,5
Tocantins
9,5
Acre
7,2


*Fonte: Ministério da Saúde. Última atualização: 28/11/11

14 comentários:

  1. É sempre muito bom sair do senso comum na hora de falar da AIDS e, desde já, parebenizo-te, Yasmin. É realmente muito preocupante a progressão do vírus na ilha, e ainda mais vidente é que o povo de modo geral ainda é muito mal informado e consequentemente preconceituoso, mesmo se tratando daqueles que se mostram responsáveis pelo material a ser analisado. Fica claro que no campo da saúde muita coisa pode ser feita pra ajudar nossa cidade. Aí fico pensando mais uma vez no quanto a informação (palestras, conscientização) são importantes para o comportamento e convicções das pessoas e como isso faz TODA a diferença na vida das pessoas, assim como fez na minha.


    Brilhante texto.



    Indira.

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  2. Caraaa muiitoo boom.Só o que vemos nos jornais são notas dessas "campanhazinhas" que fazem o msm discurso porém não surte efeito nenhum como mostram as estatísticas.
    E quanto as pessoas que trabalham não são dignas de serem chamadas de profissionais pq esse comportamento é vergonhoso. Gostei da reportagem e de como foi estruturada. Rica em informações pertinentes não teve nada de encher linguiça para aumentar as caracteres.

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  3. Texto muito bem escrito. Informações de extrema importância para o povo parintinense. Acho que esse assunto deveria ser mais valorizado por todos os meios de comunicação dessa cidade! Parabéns, Yasmin. Arrasou rs

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  4. Muito se fala sobre a AIDS aqui em Parintins, mas pouco se sabe realmente sobre ela. A reportagem está ótima! Parabenizo a todos da equipe pela iniciativa... acredito que mais trabalhos de reportagens devam ser feitos pela equipe, pois essa nos dá uma ideia de como a equipe aborda o fatos com responsabilidade!!!
    Parabéns em especial a jornalista responsável pelo texto! BELÍSSIMO!

    Dênis Silva

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  5. “Às vezes, a única coisa verdadeira num jornal é a data” (Luis Fernando Veríssimo)

    Prezados Visitantes, Salve Maria!

    É risível, isso mesmo RISÍVEL, como a sociologia do velho Marx não contribui em nada para uma compreensão mais NÍTIDA das realidades sociais. É uma ideologia que encobre e retarda o conhecimento da realidade, não nos deixando vê-la como ela é. A “jornalista” Yasmin foi brilhante em DESCREVER a realidade do HIV/AIDS, mas foi um fracasso em COMPREENDER o cerne da questão. Aliás, o trabalho da supracitada é um jornalismo mascarado, frio, sem opinião, sem discussões resolutivas. Talvez a “jornalista” queira ser “politicamente correta”, típico dos que estão contaminados pelo Marxismo Cultural, muito impregnado hoje nos meios acadêmicos. Ela tem boas leituras, mas péssimas aplicações.

    A míope jornalista não emite sua opinião, “fala muito” e “nada fala”. Abstém-se de falar que o problema das DST/AIDS não é uma questão somente de saúde pública, mas também de questões de caráter ético, pois o melhor jeito de combater as DST/AIDS passa pela adoção de comportamentos mais condizentes com a dignidade humana, ainda que as pessoas mudem seu jeito de agir por pragmatismo, e não por uma maior consciência ética.

    Quando falo a ela que, seus ensaios são de cunho Marxista, ela diz que não “discute opções políticas” comigo. Que grotesco, a “jornalista” entende Marxismo somente como opção política; ela entende a “árvore” a partir de “seus frutos”, enquanto que o razoável seria entender a partir das “sementes”. Marxismo, prezada Yasmin, não se limita a política, mas trata-se de uma maneira de entender a História de forma materialista e dialética e que interpreta a vida social a partir dos modos de produção da sociedade. Eu considero essa visão marxista equivocada, uma vez que o velho barbudo Marx reduz todos os valores históricos à Economia, afirmando que a sucessão de eras na humanidade se deu somente pelo fato de o Meio de Produção mudar.
    (Josuedson) continua........

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  6. O olhar de Marx, redutível à economia, ignora outros princípios que, assim como ela, também fundamenta a sociedade, e são igualmente úteis para descrevê-la, eu poderia citar a Religião, a qual Marx ignora.

    Quero ressaltar, Yasmin, que no debate anterior (Ensaio “o Papa é Pop? Parte II”), seus comentários em nada contribuíram com a discussão nem tampouco anularam meus argumentos. Você apenas evidenciou seu total desconhecimento do que eu estava abordando. Falava ali, do Marxismo Cultural, que talvez você não conheça o conceito, mas, como você é “pesquisadora”, vou incita-la a pesquisar! Ali, naquela ocasião, você aproveitou o ensejo para disparar todo seu lixo emocional e ideológico sobre mim, pois “o teclado escreve o que está cheio o coração”; e como meu avô já dizia, “meu filho, se queres saber o que uma pessoa pensa sobre você, oponha-se as idéias dela”, que sabedoria. Aprendi com você Yasmin, como não debater, em como mostrar o espírito abatido, em como evidenciar o fracasso afetivo. “Né?!”

    Enfim, voltando a Marx, ele está presente sim nos seus ensaios na versão mais patética do velho barbudo: a cultural, mesmo você não sabendo.

    És vítima de uma ideologia perversa, fracassada, onde “as lutas de classe” sucumbiram ante às “lutas do espírito” (Talvez você nem entenda o que estou falando, mas pergunte para alguns “doutores” de sua universidade, eles sabem te explicar isso).

    Desta forma, contaminada pelo “Marx Cultural” você se tornou coautora de uma ideologia que está comprometendo sua consciência social em proveito de uma classe que possui o poder vigente nas universidades. Que lástima, quer dizer, que “LÁCRIMA”! Esse tipo de marxismo contamina principalmente dois grandes “aparelhos” ideológicos da sociedade, que são: as universidades e a mídia. Você está presente nas duas, nobre Yasmin.
    (Josuedson) ....continua...

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  7. Aconselho a você aprender a filosofar, isso vai te ajudar a raciocinar de forma livre e vai contribuir muito com teu trabalho e quem sabe, auxiliar você a se curar dessa miopia que o velho Marx te causa. Pois é evidente que seu “jornalismo” é produto patético dessa ideologia acadêmica, cheio de falácias e sofismas.

    E não me venha dizer que você elabora seus ensaios com base nos teóricos da comunicação, pois não é isso que estou questionando. Questiono a gênese de sua compreensão sociológica, que determinam suas linhas pesquisa e, por conseguinte influenciam seus ensaios e reportagens.

    Infelizmente, a blogosfera virou um espaço de míopes (Pierre, 2013)

    Esse comentário poderia terminar aqui.....mas,,,,,,

    Com a internet, é fácil descobrir como as pessoas pensam e entendem a realidade:

    Verifiquei seu currículo Lattes e consta o seguinte:
    Seção: Projetos de Pesquisa.

    LACRIMA - Laboratório de Crítica de Mídia do Amazonas

    Descrição: O Lacrima atua no sentido de compartilhar com a população do município de Parintins os fundamentos que permitem enxergar os meios de comunicação de uma forma mais ativa, proporcionando uma leitura negociada e crítica da mídia. Para isso, investigamos, com o apoio conceitual dasTeorias do Jornalismo, da SOCIOLOGIA MARXISTA e dos Estudos Culturais, os enfoques da mídia parintinense, analisando e avaliando o jornalismo praticado pelas empresas instaladas na ilha. O objetivo central da pesquisa/extensão é propiciar uma aguda reflexão sobre a comunicação na Amazônia, entendendo o jornalismo como forma social de conhecimento e prática social.

    Disponível em:
    http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4361866H1

    Reparou Yasmin? Seu discurso é lacunar. Então, por raciocínio dedutivo, posso concluir o seguinte:
    O LÁCRIMA É UM PROJETO DE PESQUISA DE BASE MARXISTA.

    YASMIN É INTEGRENTE DO PROJETO,

    LOGO, YASMIN É MARXISTA E ENTENDE A SOCIEDADE DE FORMA MÍOPE.

    Diante disso, faço-lhe alguns questionamentos?
    a) Você quer mesmo ser jornalista?
    b) Você está sendo bem formada para isso?
    c) Você é bem informada para isso?

    Sugestões de Leituras:
    Bastos, C.L e Keller, V. Aprendendo lógica. Petrópolis, Vozes, 1991
    OLIVEIRA, A.S et al. Filosofia: Introdução ao pensamento filosófico. 2 ed. São Paulo, Loyola, 1983.
    CUNHA, J.A. Filosofia: iniciação à investigação filosófica. São Paulo, Atual, 1990.
    TELES, Maria Luiza Silveira. Filosofia para jovens: uma iniciação filosófica. 18 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.
    (Josuedson)

    In Jesu et Maria, semper!

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  8. Caro Josuedson, felicito-me muito quando nossos ensaios sucitam debates, principalmente os polêmicos, contudo, creio que você comete erros de compreensão muito graves, principalmente no que tange sua formação filosófica. Como um dos "doutores" da Universidade, sinto-me na obrigação de alertá-lo que o que você chama de "marxismo", identificado com economicismo, é uma pálida versão dos escritos de Marx. Creio que você jamais se debruçou, de fato, sobre a obra desse pensador, pois bastaria um mergulho nesses textos e, principalmente, de seus comentadores mais vívidos, para você sair desse "senso comum" de que o "velho barbudo" entende a sociedade de forma "míope". Estudo o marxismo há pelo menos treze anos, e posso te dizer com clareza: seus argumentos de crítica a essa compreensão/transformação de mundo são totalmente improcedentes. Convido-o a sair dos textos didáticos e manuais, claramente redutores, de filosofia, e se debruçar sobre textos de maior folego, como, por exemplo, "A dialética do concreto" (Karel Kosik), que fornece suporte para um debate aberto sobre as contribuições do velho Marx exatamente no campo que você crítica ainda de forma imatura, a gnosiologia. Como o espaço desses comentários não permite um aprofundamento maior nesse conflito de ideias, convido-o a retornar à universidade, onde há alguns projetos que podem permitir a você um amplo espectro de noções, visto que seu argumento já padece de rancor "sentimental", em uma jornada de fé fadada ao fracasso. Contudo, caso queira manter sua "armadura" de classe e permanecer do lado dos "apologetas" do capital, saiba que, infelizmente, estaremos de lados opostos na luta de classes que você é incapaz de perceber.

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    Respostas
    1. "Doutor de merda"!!!!! se é tão bom, o que faz aqui no fim do mundo. Não me diga que isso é sua missão de fé, pois não combina com o marxismo que você acabou de arrotar e ta fedendo até agora.
      PARABÉNS JOSUEDSON.

      Excluir
  9. https://sites.google.com/site/projetosintegradosrj/textos/marx-estava-certo

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  10. RISÍVEL?! Vc é tão idiota que o povo do blog não deve nem tá respondendo a vc... porque com idiota ninguém discute! Pra mim, o povo do LACRIMA tem prestígio, já vc... quem é vc mesmo?
    Como disse o professor, volte à universidade, seu babaca!

    Antônio Marques

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  11. Bom trabalho colega de projeto, parabéns pela reportagem sobre a AIDS
    pelo seu grande esforço, pois sei que criar uma reportagem, não é pra qualquer um, e você mostrou acima de tudo quem tem criatividade, capacidade e profissionalismo
    sem mais nada:Tiago Barbosa Batalha.

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  12. Ninguém está falando de marxismo!!! A reportagem é sobre a Aids no nosso município!! Boa reportagem, abrangeu um leque de informações muito grande, parabéns a repórter!! Continue fazendo seu trabalho, mais pessoas precisam ver reportagens como esta!!

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