terça-feira, 26 de abril de 2011

Democratizar a informação não é bagunça!

A internet esta aí para democratizar a informação. Mas, fazer com que todos tenham acesso às mais variadas formas de conhecimento demanda um novo tipo de cuidado com as informações que são acessadas e principalmente repassadas.
A qualquer momento qualquer um pode usar dos conhecimentos que estão na internet e no jornalismo isso não é diferente, principalmente quando cada vez mais crescem as agências de notícias.
O problema nisso é saber que mesmo tão fáceis de acessar, essas informações ainda tem um dono, um autor. Comumente alguns jornais de Parintins andam fazendo de forma errada a coleta e publicação dessas informações e cometendo até mesmo um crime, o plágio.
Existe em lei, 9610/98, o fundamento dos direitos autorais. No capitulo II, Dos direitos morais do autor, o artigo 14, inciso II, diz o seguinte: “São direitos morais do autor o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo do autor, na utilização da obra”.
Precisamente na edição de 09 a 15 de abril de 2011, na página 9 da editoria Educação e Saúde, do jornal Novo Horizonte, está a coluna “Saúde Bucal em foco”, assinada por seu autor. A coluna traz toda semana uma informação sobre saúde bucal, mas descobrimos que as informações, mesmo assinadas pelo autor, não são de sua autoria.
Para que o leitor possa encontrar esse tipo de informação é só fazer o seguinte: Pegar um trecho do texto que suspeita não ser do autor e por no buscador de internet www.google.com.br, escrevendo entre aspas. Fazendo isso obtive várias páginas com o mesmo conteúdo da coluna, http://www.dentes.info/proteses.htm, esta é uma delas.
Com isso o leitor pode saber quando esta lendo algo do autor ou uma cópia da internet, o que é crime previsto em lei e tem nome, plágio.
Fica a dica para os jornalistas que, quando quiserem postar conteúdo de outrem, fazer a devida referência ao autor da obra e reescrevê-la, de modo que se obtenha outra versão, assim a internet é usada de forma adequada o conhecimento é democratizado dentro da legislação.

Helder Ronan de Souza Mourão

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Para além do jornal


A edição de domingo, 17 de abril, do jornal Repórter Parintins traz uma noticia de suma importância para a sociedade parintinense. Deixo os parabéns à equipe, que buscou uma interpretação investigativa, aprofundada e crítica sobre o tema, caracterizando um verdadeiro jornalismo contemporâneo e social.
Intitulada “‘Zumbis’ à solta nas ruas”, a notícia mostra que o trabalho da cidade no que concerne às drogas ainda não terminou. Mesmo que as operações antidrogas, como a operação puxirum, tenham sido efetivas e o número de vendedores e de drogas na cidade tenha diminuído, ainda existe um problema que precisa de atenção, o problema social.
A notícia da ênfase a esses “zumbis” ou “noiados”, pessoas que sem o acesso às drogas ficam transtornadas e por vezes cometem crimes. Assim a matéria mostra que o trabalho ainda não terminou e são necessárias clinicas para os viciados com o devido tratamento e acompanhamento. Diz ainda que é preciso ter cuidado para que o tráfico não recomece a ascender em Parintins e novas pessoas comecem a vender os entorpecentes. Assim, a polícia tem um trabalho a fazer, mas ainda existe muito mais a ser feito.

Helder Ronan de Souza Mourão

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Jornalismo social relata descaso


A edição de 13 de abril de 2011 do Jornal da Ilha traz uma interessante notícia com o título “Poucos empresários atendem chamado para discussão sobre resíduos sólidos”. Primeiramente, o título, por ser muito grande, acaba não chamando a atenção do leitor, já acostumado com algo mais direto e simples. Eis algumas dicas de melhoras para a chamada:
Empresários desprezam discussão sobre lixo
Lixo é desprezado por empresários
Um título mais simples e menor é mais adequado, conseguindo resumir a notícia e chamar atenção para que o leitor a explore. Um fato de destaque no título é que ele está todo em maiúsculo e isso captura inconscientemente o leitor, que precisa apenas passar o olho e logo tende a ficar curioso.
O texto, apesar de resumido, traz informações sobre um tema muito importante e crítico na cidade, que é a questão do lixo, caracterizando assim uma boa apresentação de jornalismo social, o que contribui bastante para a sociedade e desperta o interesse para o tema que precisa ser revisto.
As consequências são bem citadas, o problema aviário com os urubus, o aeroporto, o acúmulo de lixo na lixeira pública e na cidade, e mesmo as legislações ambientais, que culminam com a visita da ministra do meio ambiente na cidade.
As informações são bem postas e de muito proveito, mas uma notícia bem escrita e desse peso para a cidade precisaria de mais espaço no jornal, bem como de uma explanação mais apurada. Deixo a dica de complementá-la com uma reportagem, fazendo com que este tema de relevância social não passe despercebido e ganhe mais proeminência.

Helder Ronan de Souza Mourão

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Satisfação de egos

            O uso das mídias para auto-promoção e propaganda política inadequada é algo muito comum não só na mídia parintinense, mas em toda a mídia brasileira. Contudo, esse hábito é um obstáculo para o jornalismo comprometido com as demandas sociais. Nota-se essa prática na edição do dia 1º de abril do jornal a Folha do Povo, que enaltece os três anos de existência do veículo. Além de enaltecer o aniversário do periódico, busca-se exaltar a figura do “todo poderoso” do A Folha do Povo, o senhor Alan Gomes.
            A exaltação de Alan Gomes ocorre por meio de uma entrevista feita com ele. Percebe-se então que a celebração de Gomes tem ligação com as eleições que ocorrerão no Boi Garantido, visto que na edição do dia 26 de fevereiro ele próprio deixou bem claro que será candidato a presidência do bumbá nas próximas eleições.
            Além do “singelo” afago dado ao diretor do periódico, buscou-se também promover novamente propaganda política. Notou-se isso pelo fato de que seis páginas do impresso foram dedicadas a elogiar ações de políticos de Parintins e Barrerinha. Prefeitura de Parintins, prefeitura de Barreirinha, Câmara Municipal de Parintins e o deputado estadual Tony Medeiros tiveram uma página dedicada a divulgação de suas ações e promessas.
            Nota-se que o “puxa-saquismo” está ganhando cada dia mais força. Isso porque até o diretor do jornal, que deveria utilizar-se do veículo para informar a população sobre os acontecimentos de Parintins e cidades próximas, está aproveitando do periódico para ganhar mais força politicamente. Fica entre nós uma dúvida: será que a independência, tanto pregada pelo jornal, ainda está vigorando?

Daniel Sicsú

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Imagens inadequadas



Na edição de quinta-feira, 7 de março de 2011, o jornal Plantão Popular publicou a matéria “Conselho denuncia madrasta que espancou adolescente”. Na página, é exposta a fotografia de uma adolescente que, se já não bastasse a agressão física sofrida, ainda recebeu uma forcinha do jornal para mais constrangimento. A foto permite até mesmo o reconhecimento da vítima.
Como já vem sendo de praxe do jornal, na edição de quarta-feira, 30 de março, mais uma vez o Plantão Popular continua exibindo de forma antiética fotos de pessoas em mal estado. Acredito que o jornal não teve ao menos a consideração pelas vítimas em ter pedido suas autorizações pelo uso da imagem.
Segundo o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros art. 7º, nº IV, o jornalista não pode: expor pessoas ameaçadas, exploradas ou sob risco de vida, sendo vedada a sua identificação mesmo que parcial, pela voz, traços físicos, indicação de locais de trabalho ou residência, ou quaisquer outros sinais. Também me pergunto sobre o porquê do conselho tutelar não se atentar ao caso da foto exposta da adolescente de 15 anos, já que se trata de descumprimento do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Talvez agora eu entenda o lema do Plantão Popular ser “O outro olhar da notícia”.

Inara Machado

Caso seja pelo “achismo”...


A matéria com o titulo “Pecuária de Parintins ainda é a melhor” veiculada no jornal Novo Horizonte da edição nº 872, período de 26 de março a 01 de abril, no caderno de cidade, poderia ter por nós inúmeras possibilidades de análise. Poderíamos explanar as questões, por exemplo, das frases desconexas encontradas no texto, da utilização equivocada de pronomes ou dos erros de pontuação, porém seriam tópicos inexpressivos e já “normais” de serem vistos em nossos impressos locais. No entanto, nos concentraremos nas questões elencadas pelo teor da noticia.
Primeiramente, nunca se recomenda a um repórter receber regalias de um empreendimento, seja ele qual for, e em seguida escrever sobre este. Digo isso, porque temos a impressão de que a equipe do jornal foi “muito bem tratada” pelo pecuarista relatado na matéria. Tanto, que temos a sensação de estarmos lendo um release, que é uma espécie de propaganda ou promoção indireta de algum lugar, empreendimento ou pessoa.
A ausência de fatos como dados concretos para embasar afirmações, tais como de que “a qualidade da pecuária parintinense continua e permanecerá por muito tempo no topo”, revela a falta de apuração da noticia, visto que  o repórter baseia-se apenas no fato de ter visitado duas fazendas dentre as inúmeras existentes na região e presenciado nestas uma boa infra-estrutura, que lhe permitiu o “achismo” de que a realidade dos outros pecuaristas é a mesma.
Caso seja para “achar”, eu também acho que o repórter e sua equipe ganharam uma boa quantidade de carne, leite e queijo do pecuarista para fazerem essa matéria, que como já disse, mais parece um release.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Relatos de uma descoberta


A matéria “Parintinenses Assustados”, escrita por Gleilson Medins na edição de 13 de março do Jornal Repórter Parintins, é muito mais um relato de como uma pessoa que tem parentes no Japão recebeu a noticia do terremoto do que um fato verdadeiramente noticioso.
“Parintinenses Assustados” é a descrição quase literal de como a empresária Erinilce Sakamoto recebeu a notícia do terremoto na costa nordeste do Japão. Grande parte da matéria conta como a empresária soube do fenômeno e como tentou entrar em contato com seus irmãos. No texto não consta muitos elementos que realmente informem algo sobre o terremoto, no entanto, a notícia talvez tenha sido escrita dessa maneira de propósito, para mostrar como quem tem parentes no Japão recebeu a notícia do tremor, o que de qualquer forma não atendeu o objetivo. A matéria poderia ter ouvido outras pessoas que passaram por essa mesma situação.
No começo da notícia Gleilson descreve o terremoto como tendo 8,9 pontos na escala Richter, mas não diz que escala é essa ou como ela é medida.  Ele também descreve o Japão como destino de parintinenses à procura de emprego desde a década de 1980, contudo, não menciona o fato de que desde bem antes de “Parintins” ir para o Japão, japoneses já imigravam para cá.
A matéria do Jornal Repórter Parintins não esclareceu muita coisa sobre o terremoto, mas buscou mostrar a situação específica das pessoas que tem parentes no Japão. Talvez o jornal tivesse conseguido aprofundar esse tema, caso não tivesse focado como apenas uma única pessoa teve conhecimento do terremoto.

Erik Bitencourt Ribeiro

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O mais pedido

 

           O jornal A Folha do Povo é um dos jornais de Parintins em que se percebe com mais facilidade a presença de propagandas políticas. Nota-se isso pelo fato de que o veículo possui, em sua grande maioria, notícias ou notas que têm como objetivo principal a persuasão do público leitor no sentido de votar em determinados políticos.
            Na edição do dia 18 de março de 2011 o jornal traz uma matéria que mostra a suposta ansiedade da população parintinense em ver Fernando Menezes participando ativamente da política local. Seja na prefeitura ou na câmara de vereadores.
            O enquadramento dado ao texto é de caráter propagandista, pois o periódico busca mostrar só as boas ações que Menezes faz, suas propostas, e o “anseio da população” por seu trabalho na política. Isso remete-nos à ideia de que o jornal vem “preparando o terreno” para Fernando desde as eleições 2010, visto que aquele pleito foi como uma forma de o povo conhecer mais quem é Fernando Menezes, para que em 2012 ele possa vir “com toda a força” na disputa para a prefeitura municipal.
            Percebe-se, além disso, a tentativa de fixar no leitor do jornal a imagem de que o político é uma pessoa do “povo”, pois cita-se, de forma ambulante, que Fernando Menezes  é  uma pessoa simples, compromissada com as demandas populares.
            Com esse texto, nota-se que as eleições de 2012 já começaram para o jornal A Folha do Povo, visto que em todas as suas edições o periódico ressalta e propagandeia os feitos de certos políticos da cidade.

Daniel Sicsú