segunda-feira, 22 de abril de 2013

Faltam lixeiras na Ilha...

 


"A Praça dos Bois é a maior área de lazer da cidade de Parintins, com quadras poliesportivas, bares e lanchonetes. Apesar de ser um lugar bastante frequentado, principalmente nos finais de semana, não há lixeiras, ou pontos em que as pessoas possam jogar o lixo produzido."

Leia aqui artigo de Gustavo Saunier sobre a ausência de lixeiras nas ruas de Parintins, em especial a Praça dos Bois.


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Fontes... Fontes e só!




Na edição do dia 07 de abril o Jornal Repórter Parintins trouxe uma matéria intitulada: “Articulação política mantêm delegados na cidade”. A notícia trata especificamente sobre a decisão do governador do estado, Omar Aziz pela permanência dos delegados Ivo Cunha e Ana Denise na cidade de Parintins, isso devido ao fato de vereadores da cidade terem se articulado para que os dois pudessem continuar desenvolvendo seus trabalhos no município. 
A notícia está informativa e situa o leitor sobre o acontecimento, mas de forma parcial. O jornalista usou duas fontes para documentar o texto, essas duas fontes não contribuem de maneira positiva paraa matéria, pois não oferecem ao leitor certeza de que dominam o assunto. 
Uma das fontes fala que é contra a permanência do delegado, pois o culpa de ser responsável pela morte de um rapaz e a outra fonte é a favor da permanência dos dois, pois acredita que a cidade teve uma melhora com o trabalho desenvolvido por eles, mas com base em que evidências essas pessoas falam isso? Não há dados específicos na matéria sobre a melhora dos casos em Parintins. Tudo o que se sabe é o que se ouve falar, mas um jornal não sobrevive sem documentar o que “se ouve falar”.
E a segunda fonte é usada de maneira mais grave, ela diz que um dos delegados está envolvido com um crime! Cadê a prova disso? Essa fonte ouviu falar? E, na pior das hipóteses, a fonte ouviu falar e o jornalista publicou sem ir a fundo na investigação da informação dada por ela? 
É grave o uso de informações sem serem comprovadas. O jornalista tem um papel de mostrar a população os fatos de forma esclarecedora, não poderia ter colocado essa fala sem ter certeza do caso. É uma espécie de acusação que merece investigação para que ninguém seja culpado por algo que não cometeu. Segundo Jorge Pedro Sousa, “as informações que uma fonte disponibiliza ao jornalista devem ser enquadradas e tratadas sem adulteração, mas também devem ser por princípio, verificadas” (2001, p.64).
Referência:
SOUSA, Jorge Pedro. Elementos do jornalismo impresso. Porto, 2001.

Yasmin Gatto Cardoso

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Direito não é favor!




Na edição nº 978 referente a semana do dia 06 a 12 de abril, o jornal Novo Horizonte publicou na editoria Cidade, página 10, uma notícia intitulada “Caprichoso fornece equipamentos de proteção individual aos artistas”.
Logo no primeiro parágrafo (lead), o autor expõe: “Em uma ação realizada na última segunda-feira, 01, que primou pela valorização da dignidade humana, a diretora do Boi Caprichoso apresentou os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para os colaboradores que receberão os equipamentos nos galpões de alegoria”.
Como assim “primou pela dignidade humana”?! A ação realizada pela presidente do boi não passa de uma obrigação, pois é direito de todos que trabalham, principalmente em ambientes de alta periculosidade, receberem EPIs.
Mas, da forma como o jornalista descreve, transmite a ideia para o leitor de que a presidente do boi passou a se preocupar com aquelas vidas que trabalham sob seu comando e por isso está fazendo “doações”, o que na verdade é papel do empregador, no mínimo.
É importante que o jornalista tenha a preocupação de mostrar estas ações, mas de forma que o leitor perceba a informação e, neste caso, que se trata de um direito que os trabalhadores estão tendo acesso, e não como se fosse somente um favor ou preocupação que determinada agremiação está tendo com seus trabalhadores.
O jornalismo tem que primar para que o público, por meio da informação, passe a ter um conhecimento a mais sobre determinado assunto e não verificar nisso certo paternalismo como a notícia deixou a entender.

Hanne Caldas

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Boato ou notícia?




Na edição nº 978 referente a semana do dia 06 a 12 de abril, o jornal Novo Horizonte publicou na editoria Cidade, página 5, uma notícia intitulada “Traficante confere papelotes de cocaína a espera dos compradores”. Acompanhada da foto de um rapaz, durante a notícia é relatada a compra e venda de drogas, só que de um modo bastante superficial.
A matéria começa com a descrição do rapaz que se encontra na foto e o que ele está fazendo. Na realidade, olhando a fotografia, não dá para o leitor perceber nada do que está relatado, o que nos deixa com dúvida. Pelo que é relatado na notícia, a fotografia que consta foi capturada por uma jovem, e não por um jornalista do NH, o que deixa mais dúvida ainda, pois se pensa: será que algum jornalista foi ao local conferir de fato o ocorrido?
Para completar, a notícia não está documentada. O que é mostrado são trechos como: “De acordo com as informações os clientes do traficante são dezenas de jovens que estavam espalhados por toda extensão da Praça de São Benedito Azedo. As pessoas que presenciaram a ação falaram que os compradores chegavam até ele em dupla [s]”.
Ou ainda trecho que demonstra como era a comunicação do rapaz (suposto traficante) com os compradores e o que conversavam: “A comunicação era feita via celular. Os compradores ligavam para o jovem para saber se a ‘barra estava limpa’ para eles se aproximarem...”.
Ou seja, o que dá a entender é que toda esta notícia não passa de um grande boato, tendo em vista que faltou um trabalho de apuração do jornalista, pois não basta colocar as palavras na boca de populares sem apresentar dados concretos que justifiquem a notícia.
Caberia, por exemplo, um relato, mesmo que de forma indireta, de que o jornalista esteve presente no momento do ato ilícito para confirmar estas informações, as quais se apresentam soltas e sem fundamentos nesta notícia, pois, do modo como estão dispostas, somente parece uma notícia construída em cima de conversas de beira de rua e não de forma comprometida em transmitir uma informação com caráter de denúncia e preocupada com a segurança e saúde da população parintinense.

Hanne Caldas

quarta-feira, 10 de abril de 2013

AIDS: uma reportagem


Leia a reportagem especial sobre casos de AIDS em Parintins, tema ignorado pela mídia no município.

"Magro, quase sem cabelos, com alergias em todo o corpo, dificuldade na fala e mãos tremendo por conta do uso do medicamento, S.G. de 33 anos aceitou dar um depoimento com a condição de que não tivesse o nome divulgado. O motivo? Medo do preconceito.  

Há seis meses, S.G. descobriu que estava infectado com o vírus da Aids já em estado avançado. Segundo ele, só soube que estava com a doença porque sofreu um acidente de moto e teve que fazer uma série de exames, inclusive o teste rápido de HIV. “Sabia da existência da doença, mas nunca achei que fosse acontecer comigo, por isso nunca me preocupei em fazer o teste”, disse. 

Confira o texto na íntegra aqui! 

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Jornais de Parintins ignoram a lei da transparência

Diferente do jornal A crítica que publicou na edição do dia 5 de Abril a matéria intitulada “Prefeitos ignoram a Lei da Transparência” todos os jornais (seja impresso, TV, rádio ou web) ignoraram a falta de transparência dos municípios.
Trata-se da Lei da Transparência ou lei complementar n° 131/2009 que obriga os munícipios, Estados, o Distrito Federal e a União a divulgar em tempo real as informações sobre a execução financeira.
Municípios com menos de 50 mil habitantes tem até o dia 27 de maio para se regularizar. Os de mais de 100 mil habitantes, caso de Parintins, já deveriam estar cumprindo a lei, mas infelizmente nenhum dos jornais de Parintins noticiou isso e provavelmente não vão noticiar.
Segundo a matéria do jornal A crítica o ex-presidente da Associação Amazonense de Municípios (AAM), Jair Couto (PMDB), disse que a inviabilidade de executar a lei, até o momento em que estava na gestão, era o problema com a internet.
É sabido que o Amazonas não tem internet de qualidade, com exceção da região metropolitana de Manaus (RMM). Mas, ainda segundo da matéria do A crítica, o Presidente do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), Érico Desterro, disse que “alegar falta de estrutura não isenta o prefeito de sua obrigação”.
Apesar disso, Parintins dispunha até o final do ano passado de portal da transparência e a Câmara Municipal ainda tem o seu, que pode ser acessado no site: http://www.camaraparintins.am.gov.br/transparencia.php. O que nos leva a crer que Parintins tem sim esta estrutura!
Diante desse contexto, reiteramos que os jornais do município, assim como a própria cidade, estão ignorando a lei da transparência, uma das mais importantes que temos. No mais o Lacrima desafia os jornais e fazerem alguma matéria sobre o tema, buscando uma resposta sobre a falta desse instrumento.

Helder Mourão

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Crítica e poesia: a história não pode acabar

            O Jornal Plantão Popular do dia 2 abril de 2013, em sua página de opinião, apresentou dois textos bastante pertinentes a respeito de fatos que passam despercebidos em muitos veículos noticiosos, assim como pela própria sociedade.
O editorial intitulado “Utopia Rebelde” retrata do descaso com os “patrimônios arquitetônicos históricos” de Parintins por parte dos setores públicos responsáveis que não cumprem com suas finalidades de cuidar e investir nesses lugares. O autor também mostra sua inquietação para com a comunidade que se mantém inerte, esperando que grupos isolados se preocupem com a “destruição da história da Ilha”, e que lutem contra a perda de patrimônios. Ele também lembra a época de Tonzinho Saunier, quando as escolas e universidades produziam estudantes mais críticos e se preocupavam em “dar aulas e construir gerações humanizadas”.

O título “utopia rebelde” remete-se a “rebeldia colegial” que segundo o jornal, não se silenciava e alertavam os governantes para os verdadeiros interesse da comunidade.

Na sessão Conexão Popular, a poesia “Cidade sem memória” mistura a arte com crítica e retrata a mesma questão do editorial.

Victor Costa, autor do texto, fala categoricamente de fatos que aconteceram na cidade que contribuíram ou contribuem para perda do patrimônio histórico, cultural e ambiental de Parintins. A destruição do Cine Saul, as centenárias castanheiras, a antiga casa de Tonzinho Saunier que está em ruínas, etc.

O poeta popular tem como ponto de vista que o poder público apenas vê como cultura os bois bumbás, Garantido e Caprichoso, e volta sua atenção e investimentos apenas para isso, esquecendo que a cidade não construiu sua história apenas de boi, mas que existem prédios, lugares, arquivos, fotos, livros que falam dos acontecimentos, desenvolvimento e cultura do povo local.

Ambos os textos trabalharam bem um tema muito importante tanto da perspectiva jornalística quanto social. Acredito que a partir desses textos surjam incentivos para que a mídia local explore e crie mais matérias a respeito. Uma reportagem da situação dos prédios históricos e o real “ apoio do setor público” pode contribuir para “acordar” a população e os governantes para que a história parintinense não seja tombada ao chão.

Gustavo Saunier

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Fala TUDO, noticia pouco!




A edição do dia 27 de março do O Jornal da Ilha traz logo na capa várias chamadas, para ser mais específica, são sete no total. A diagramação da capa está confusa e deixa o leitor sem entender qual a principal matéria do jornal. Sabe-se que o projeto gráfico de qualquer jornal existe para que os leitores possam ter uma leitura mais clara e mais leve. 

E essa junção de conteúdo e forma permite melhor entendimento das notícias, segundo Paulo Francisco (2008) “a união da forma e do conteúdo, base radical não só de um jornal, mas de qualquer produto gráfico, faz de um diálogo equilibrado entre o jornalista e o diagramador requisito básico para a produção de uma publicação bem elaborada” (p.6). O que se percebe no jornal é que nem a forma tampouco o conteúdo estão bem elaborados. 
Ao folhear o periódico fica claro que as “notícias” são muito parciais. O leitor não tem noção do que de fato ocorreu, além de a maioria das matérias serem de assessoria de imprensa ou copiadas de outros jornais.
Um jornal que tenta noticiar tudo e não consegue falar ao leitor os fatos propriamente ditos deve rever a forma do seu “fazer jornalístico”, pois se infere que um veículo de COMUNICAÇÃO, no mínimo deva informar os leitores.


Yasmin Gatto Cardoso

Referência: 
CAETANO, Paulo Francisco. UM DIÁLOGO VISUAL: A importância do ensino de planejamento visual gráfico na formação de profissionais da comunicação. Faculdade Salesiana Maria Auxiliadora, 2008.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Chuva alegórica!




A edição de número 244 do jornal Plantão Popular publicada no dia 19 de março de 2013, teve como destaque na capa a manchete Tempestade varre a cidade, raios e trovões calam a Ilha”. Trata-se do noticiário da tempestade que ocorreu em Parintins no domingo.

Um ponto relevante observado na manchete foi a utilização inadequada de algumas palavras, visto que compuseram as frases uma linguagem de um tipo de escrita que menos esclarece do que informa. Pois, a palavra “varre” fica subentendido que a tempestade executou a o trabalho que uma vassoura faz, justamente o de limpar ambientes, o que não aconteceu em Parintins durante a tempestade, sem contar na ideia de devastação gerada no sentido da frase. Posteriormente, foi usada a palavra “calam”, entende-se que a cidade ficava em total silêncio quando os barulhos dos raios ou trovões eram ouvidos, o que na verdade não acontece, pois na maioria das vezes as pessoas gritam com medo do assustador estrondo emitido pelos raios e trovões!

Na página 3 do caderno cidades, a notícia Mais de uma hora de tempestade sobre a ilha” volta a utilizar palavras inadequadas, uma vez que o tempo não “cai”, o tempo não “fecha” e nem tampouco “desaba”.

Outra situação observada foi o emprego errado da palavra “estiagem” na frase: o sistema de distribuição de energia elétrica sofreu colapso geral e só voltou à normalidade cerca de uma hora após a estiagem”. Visto que estiagem, também chamada de seca, é um fenômeno causado pela insuficiência de chuva numa determinada região, esta ocorre num intervalo de tempo, ou seja, ela não é permanente, nesse caso, a palavra não tem nada haver com o fenômeno de tempestades ou chuvas que estavam sendo noticiadas.

Então fica as interrogações... Será que o jornalista está sendo explícito em suas descrições? Por que não procurou saber o conceito correto das palavras para uma melhor compreensão da leitura? Essas perguntas despertaram em mim, enquanto leitora, uma certa dúvida. Será que as pessoas que leem o jornal compreendem de forma clara a notícia publicada?

Kethleen Rebêlo

Contraste...




      O Jornal Repórter Parintins na edição n°143 tem como chamada principal de capa: “Ufam recebe açúcar no lugar de data show” (notícia 1), em baixo, a linha de apoio, em seguida uma foto em tamanho grande que nada tem haver com a manchete. A imagem se volta para a chamada secundária do veículo, intitulada “Perigo na estrada” (notícia 2), esta em um tamanho de fonte reduzida em relação a primeira.
        A crítica se volta para a posição das chamadas e a sua relação com a maior imagem na página. Apesar das duas chamadas serem isoladas por uma linha fina na cor laranja, a foto dá a entender que ela faz parte da notícia 1 mas na verdade pertence a notícia 2 sendo que esta última aparece em baixo da imagem em um tamanho de fonte não equivalente ao tamanho da fotografia.
      O contraste se mostra ainda mais evidente dentro do jornal, na página 3. As notícias acima citadas aparecem em tamanho de caracteres diferentes em relação a relevância que foram dadas no jornal.
       A notícia “Ufam recebe açúcar no lugar de data show” aparece na página, na lateral direita do leitor em uma coluna estreita, nem parece a principal notícia da capa do informativo. A notícia com maior relevância foi a correspondente a chamada secundária da primeira página, “Perigo na estrada”.
     Aconselho o jornalista ou diagramador a pensar na forma que organizou o jornal, que apesar de ser o veículo mais bem diagramado da cidade, o que permite melhor fluidez no texto, dessa vez o planejamento gráfico não foi muito bem, tanto na capa, como na forma de relacionar as maiores chamadas com as notícias.

Gustavo Saunier