Na edição nº 978 referente a semana do dia 06 a 12 de abril, o jornal Novo Horizonte publicou na editoria Cidade, página 10, uma notícia intitulada “Caprichoso fornece equipamentos de proteção individual aos artistas”.
Logo no primeiro
parágrafo (lead), o autor expõe: “Em uma ação realizada na
última segunda-feira, 01, que primou pela valorização da dignidade
humana, a diretora do Boi Caprichoso apresentou os EPIs (Equipamentos
de Proteção Individual) para os colaboradores que receberão os
equipamentos nos galpões de alegoria”.
Como assim “primou
pela dignidade humana”?! A ação realizada pela presidente do boi
não passa de uma obrigação, pois é direito de todos que
trabalham, principalmente em ambientes de alta periculosidade,
receberem EPIs.
Mas, da forma como o
jornalista descreve, transmite a ideia para o leitor de que a
presidente do boi passou a se preocupar com aquelas vidas que
trabalham sob seu comando e por isso está fazendo “doações”, o
que na verdade é papel do empregador, no mínimo.
É importante que o
jornalista tenha a preocupação de mostrar estas ações, mas de
forma que o leitor perceba a informação e, neste caso, que se trata
de um direito que os trabalhadores estão tendo acesso, e não como
se fosse somente um favor ou preocupação que determinada agremiação
está tendo com seus trabalhadores.
O jornalismo tem que primar para que o público, por meio da
informação, passe a ter um conhecimento a mais sobre determinado
assunto e não verificar nisso certo paternalismo como a notícia
deixou a entender.
Hanne Caldas
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