Na edição nº 978 referente a semana do dia 06 a 12 de abril, o jornal Novo Horizonte publicou na editoria Cidade, página 5, uma notícia intitulada “Traficante confere papelotes de cocaína a espera dos compradores”. Acompanhada da foto de um rapaz, durante a notícia é relatada a compra e venda de drogas, só que de um modo bastante superficial.
A matéria começa
com a descrição do rapaz que se encontra na foto e o que ele está
fazendo. Na realidade, olhando a fotografia, não dá para o leitor
perceber nada do que está relatado, o que nos deixa com dúvida. Pelo que é relatado na notícia, a fotografia que
consta foi capturada por uma jovem, e não por um jornalista do NH, o
que deixa mais dúvida ainda, pois se pensa: será que algum
jornalista foi ao local conferir de fato o ocorrido?
Para completar,
a notícia não está documentada. O que é mostrado são trechos
como: “De acordo com as informações os clientes do traficante são
dezenas de jovens que estavam espalhados por toda extensão da Praça
de São Benedito Azedo. As pessoas que presenciaram a ação falaram
que os compradores chegavam até ele em dupla [s]”.
Ou ainda trecho que
demonstra como era a comunicação do rapaz (suposto traficante) com
os compradores e o que conversavam: “A comunicação era
feita via celular. Os compradores ligavam para o jovem para saber se
a ‘barra estava limpa’ para eles se aproximarem...”.
Ou seja, o que dá a entender é que toda esta notícia não passa de um grande boato,
tendo em vista que faltou um trabalho de apuração do jornalista,
pois não basta colocar as palavras na boca de populares sem
apresentar dados concretos que justifiquem a notícia.
Caberia, por
exemplo, um relato, mesmo que de forma indireta, de que o jornalista
esteve presente no momento do ato ilícito para confirmar estas informações, as
quais se apresentam soltas e sem fundamentos nesta notícia, pois, do
modo como estão dispostas, somente parece uma notícia construída em
cima de conversas de beira de rua e não de forma comprometida em
transmitir uma informação com caráter de denúncia e preocupada
com a segurança e saúde da população parintinense.
Hanne Caldas
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