segunda-feira, 20 de junho de 2011

Publi...Cidades!


Quando chegará o dia em que veremos nos jornais de Parintins noticias mais criteriosas com caráter informativo ou opinativo, mas sem o teor publicitário e sem o caráter servil que pauta nossos jornais?
            Aqui, faremos a análise do jornal Repórter Parintins do dia 05 de junho de 2011, porém poderíamos estar analisando qualquer outro jornal local que teríamos as mesmas conclusões. São notícias totalmente intencionadas, voltadas para divulgar seus patrocinadores, na maioria políticos, que visam promover no meio jornalístico suas ações. Nada contra a divulgação de uma ou outra ação que seja de interesse do conhecimento do povo, entretanto, pautar-se em praticamente todas as edições com a mesma linha, as mesmas caras, às vezes a mesma notícia apenas maquiada, deixa de ser jornalismo e se torna um descompromisso com o leitor que, em determinados casos, sem ter um conhecimento mais técnico, acaba nem percebendo esse disfarce de informe publicitário em notícia jornalística.
            A matéria que escolhemos para ilustrar todos esses fazeres jornalísticos como já dissemos encontra-se no Repórter Parintins com o seguinte título: “Quatro meses no Parlamento”, no qual é mostrado todo o balanço de cabalísticos quatro meses de mandato do deputado estadual Tony Medeiros. Agora eu me pergunto: o que tem a ver quatro meses de mandato? Se coubesse ao jornal fazer um balanço da atuação do deputado que fosse pelo menos no final de seu mandato ou no mínimo no primeiro ano... mas quatro meses?
            O mais engraçado é que a matéria está na editoria Cidades, porém deve ter havido erro de digitação ou falta de tinta, pois o nome a ser colocado ali deveria ser Publicidades.

Felipe Lopes

Fotos do Plantão Popular

O Plantão Popular é um dos jornais de Parintins que já vem algum tempo postando fotos que não se relacionam aos acontecimentos descritos nas matérias. Em uma notícia do show da banda Calcinha Preta, o jornal postou foto do grupo ainda com integrantes que já nem compõem mais a banda. Outra situação foi a cobertura de reuniões que a Universidade Federal do Amazonas – UFAM fez, uma delas correspondentes a algumas votações, novamente o Plantão Popular fez feio, usando a mesma foto para várias notícias. Para não perder o costume, o jornal publicou uma foto de Kelinho (procurado da justiça) no dia em que se entregou a promotoria no dia 01 de junho, após dois dias, usou a mesma foto da notícia – “Delegado reúne provas do crime”.
Notícia é fato quente, mas não só é o texto, e sim tudo que a envolve em seu contexto. Imagens podem descrever um fato da mesma forma que um texto, ambos podem ter o mesmo efeito, elas são umas das provas do que o jornal está retratando.
Essa é uma questão de desrespeito tanto com as pessoas que estão posadas nelas, tanto para as pessoas que são leitoras dos devidos jornais. Em alguns fatos esse desrespeito acaba causando até constrangimentos para aquelas pessoas mostradas nas fotografias.
O jornalismo é uma construção da realidade, mas isso não pode ser entendido como pura distorção, como vem temos visto na maior parte dos jornais parintinenses.

Inara Machado

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Merchandising básico

Jabá na Folha do Povo!

           Como a propaganda política é algo recorrente na mídia parintinense, a edição do dia 30 de maio do jornal A Folha do Povo não poderia ficar de fora dessa. Percebe-se no periódico que todos os políticos interessados em divulgar suas ações, terão um espaço “especial” no jornal. Nisso, a bola da vez é o vereador parintinense Flávio Farias.
            A idéia que o texto tenta criar nos leitores é a de que o vereador é uma pessoa compromissada com o povo, pois se mostra no texto que ele está cumprindo todas suas promessas feitas nas eleições de 2008. Além disso, evidencia-se que o vereador vem ganhando a cada dia mais o apoio da população, visto que “luta” pela população.
            A “picaretagem” fica mais evidente ao analisar-se o uso das fontes, pois o único citado é o vereador. Esse uso de uma única fonte faz o texto perder o caráter jornalístico, evidenciando-se assim que ele foi feito pela assessoria de imprensa do parlamentar.
            A “independência” do jornal fica totalmente explícita no último parágrafo, visto que nele se enaltece o papel do PT no desenvolvimento do Brasil. Além disso, o parágrafo tenta desqualificar o partido de oposição, pois a idéia passada é a de que ele está impedindo o partido da presidente de mostrar o verdadeiro Brasil.
            Uma dúvida fica no ar: será que todo partido que der dinheiro ao jornal terá seu espaço “especial” para fazer sua “propaganda”?

Daniel Sicsú

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Princesinha do Ramos em 3 atos da Folha do Povo



(1º) texto:
Na nota “Messias Sateré recebeu lanchas para o transporte escolar” do Jornal “A Folha do Povo” do dia 30 de maio de 2011, encontramos novamente os mesmos erros de outras edições do periódico. A publicação de textos de assessorias de comunicação, algo comum na Folha, gera uma falta de credibilidade para o veículo de informação. Além disso, o texto está muito mal diagramado, pois se percebe que houve uma tentativa sem sucesso de esticar o texto para caber no espaço. O texto conta com a fala de uma só fonte: o secretário de educação. Pobre em informações, a matéria poderia ser mais bem apurada, e não caracterizar o prefeito como um “super-homem”. 

 (2º) texto:
Na segunda notícia sobre a Princesinha do Ramos, as mesmas falhas do primeiro texto foram encontradas. O titulo da noticia é: “Professores barreirinhenses ganharam 28% de aumento salarial”, o texto relata a aprovação da proposta de aumentar o salário durante uma sessão na câmara de vereadores do município, que contou com a presença dos educadores de Barreirinha.
Percebe-se que não houve uma boa apuração, primeiro pelo uso de uma só fonte (um vereador da oposição) e, já que no momento da sessão estavam presentes outros vereadores, além dos professores que serão os beneficiados, por que outros não foram ouvidos? Observou-se também que a notícia foi enquadrada de forma positiva em relação ao prefeito da cidade, que foi parabenizado pelo vereador entrevistado e pelos professores que agradeceram pelo reconhecimento de seu trabalho.

(3º) texto:
            A terceira noticia é dedicada a falar da Câmera Municipal de Barreirinha. O titulo é “Malabarismo e advinhações (sic) em sessão da Câmera Municipal”. O lide (parágrafo que apresenta as principais informações: o quê, quem, quando, onde, por quê e como) não dá conta de relatar as principais nuances do fato,  o que dificulta a compreensão do que será noticiado.
A notícia conta com nove parágrafos que relatam o que aconteceu na sessão, com pronunciamentos do vereador da oposição que primeiro elogia e depois critica o prefeito sobre o assunto do aumento de 28% no salário dos professores. No quarto parágrafo a noticia trata de outro assunto que é a enchente, no qual entra a fala de um segundo vereador. No sétimo parágrafo volta o assunto do aumento do salário com as vozes de outros dois vereadores.
Percebemos que a noticia é totalmente incoerente, com erros de digitação e aborda somente relatos, sem o exercício do papel de investigação e apuração, fundamental ao bom jornalismo.

Tuanny Dutra