“Retratos atraem o olho, ganham a atenção, incitam a curiosidade. Retratos fazem o leitor ser receptivo à informação. Pessoas resistem ao esforço de ler: isso significa trabalho. Mas elas parecem não prestar atenção a isso quando olham retratos. Então, quanto mais informação puder ser Acondicionada sem usar palavras, melhor. Retratos, Ao substituir a descrição verbal por imagem visual, Ajudam a diminuir o percurso do processo de leitura” (WHITE, 1974, apud em HERNANDES,2006,p.215).
Em notícia publicada na edição de nº 852, dias 6 a 12 de novembro, o jornal Novo Horizonte abordou o tema “pedofilia”, especificamente o caso de “Pingo”, contendo informações sobre o “retorno de Pingo ao hospital”, apresentando foto do jovem totalmente debilitado estampado na capa da edição.
A foto publicada pelo NH desperta atenção imediata e provoca impacto nas pessoas, que buscaram um sentido jornalístico para aquela imagem e não encontraram. O jornal Novo Horizonte é de caráter religioso. A publicação da foto de uma pessoa no leito do hospital totalmente desfigurada, e ainda por cima acusada de participar de crimes, certamente não foi inserida na publicação a toa.
Para os católicos, quem peca deve pagar por seus pecados, então, será que o jornal teve a intenção, ao usar uma foto tão agressiva, de repassar essa ideia para seus leitores?
O texto diz que Pingo está doente e que pode contaminar outros presos, mas em nenhum momento é citada a doença que o afeta. Nesse caso, houve ausência de explicação no que diz respeito ao motivo que Pingo teve para voltar ao hospital. Seja qual for a intenção dessa mídia jornalística para escolha da imagem, o resultado foi apelativo e espetaculariza a informação sem contribuir para a compreensão do leitor.
ESSE É O AROLDO BRUCE QUE CONHEÇO
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