O Jornal Novo Horizonte
da edição de 21 a 27 de abril publicou uma matéria no caderno Cidades
intitulada “Crianças abandonadas por pais festeiros”. Em seguida, vem a linha
de apoio (subtítulo que complementa a informação do título) “A irresponsabilidade dos pais é tamanha
que na maioria das vezes, a casa não oferece segurança às crianças”. O modo
como a informação foi construída evidencia em demasia a opinião do repórter.
“Não opine em matérias
informativas, use os fatos, eles são mais convincentes” (LAGE 2006 p 74). Como
se percebe, esse critério não foi utilizado no processo de construção da
notícia. Outro fator que não pode deixar de faltar nessa análise é o modo de
construção do sentido da frase. A casa não oferece segurança às crianças? O
foco seria a falta de responsabilidade dos pais, a casa não tem nada haver com
o contexto da notícia. Ficaria melhor a frase: Alguns pais vão a festas e
deixam os filhos sozinhos em casa. A falta de clareza do repórter prejudica a
informação, sem contar a generalização que ele faz quando fala “pais
festeiros”. Será que todos os pais que saem à noite deixam seus filhos
sozinhos? LAGE (2006) ressalta em seu livro Linguagem
Jornalística que se deve evitar generalizações pessoais e de classes
sociais.
O repórter faz uma
abordagem pouco aprofundada. Fala que são dezenas as denúncias de pais que
deixam seus filhos sozinhos em casa para curtirem uma balada. Porém, em nenhum
momento ele apresenta dados comprovados, como o número de denúncias, por
exemplo. A única coisa mostrada em relação a isso é que a “maioria” das
acusações são feitas por vizinhos incomodados. Por que ele não cita nenhuma
estatística? Ou melhor, produza “[...] tabelas cronogramas, estatísticas
quadros e outros recursos gráficos que auxiliam o leitor, a comparar e
contextualizar as informações” (MOTTA, 2008 p 36). Na sequencia da notícia o
autor ressalta as visitas feitas pelos conselheiros Marcos Azevêdo e Nilciara
Barbosa e em nenhum momento menciona o local das vistorias. Não é importante
para a informação falar onde se incide o maior número de pais que deixam seus
filhos sozinhos? E os conselheiros não falaram nada de interessante para
complementar a informação? A única fonte utilizada foi alguém que não quis se
identificar. As fontes são sempre faladas em terceira pessoa “Contam que numa
das residências” Quem conta? Os conselheiros, os moradores, a fonte anônima?
Isso não está explícito no texto o que dificulta a compreensão do leitor.
O tema da notícia é
importante, mas o modo como ela foi tratada deixa claro a falta de informação e
de dados. Seria interessante se o veículo fizesse um comparativo com estatísticas
de anos anteriores em relação ao descaso dos pais com os filhos. Será que o
número aumentou, diminuiu? Por que é importante essa informação?
As redundâncias foram
pouco importantes perto da falta de clareza e da parcialidade do autor da
matéria. O papel social do jornalista de levar a informação da melhor forma
possível ao seu leitor não foi alcançado. Notícias como essa são exemplos
claros de falta de apuração, algo fundamental à profissão de repórter.
Evelyn Pessoa
la vai vcs implicarem com o repórter. Eu li a notícia e não achei nada demais!
ResponderExcluirMuita má fé ler esse texto com tantas evidências de equívocos e continuar dizendo que o texto do repórter está bom. Crítica de mídia não é iplicância é trabalho sério dessa galera.
ResponderExcluiruii ja veio um se doer. O CERTO É IMPLICÂNCIA!!! ESSA BRIGA TA DECLARADA, SEMPRE QUE ESSE GRUPO PODE SE DIRIGE AO JORNAL DESSA MANEIRA.
ResponderExcluirEnquanto esse "jornal" se intitular profissional e publicar asneiras como essa, é melhor que alguém os traga para a realidade...
ResponderExcluirSeria interessante as pessoas que opinam aqui revelarem quem são. Tantos anônimos dão a ideia de que todos são a mesma pessoa que não sabe de que lado está.
ResponderExcluirApoio seu comentário Júnior Mesquita! Se todos os anônimos que publicaram no blog até hoje tivessem a mesma iniciativa que você teve, com certeza as discussões seriam mais produtivas.
ResponderExcluirAin vocês são todos suspeitos ppra expressar opiniões. São todos de comunicação. Se eu falo isso é por que sei
ResponderExcluirSuspeitos por serem de comunicação?
ResponderExcluirUniversitário agora é suspeito?
Querer saber um pouqiunho estudando é ruim??
humm....creio que tanto o trabalho de profissionais da comunicação como de universitarios,merece um pouco de analise preparatoria.....ate por que quem nao tem um senso critico que convença nao tem direito nenhum de ficar debochando do trabalho de pessoais profissionais......
ResponderExcluirVerdade, e quem não tem senso crítico não deve defender profissionais que veiculam noticias sem pé nem cabeça como essa kkkkkkkkkkkkkkk #Moranguinhoo eu *-*
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