segunda-feira, 25 de março de 2013

O Papa é pop? (Parte II)

Papa Francisco é o atual chefe de estado do Vaticano, e o primeiro pontífice nascido na América



“Parece que meus irmãos cardeais foram buscá-lo quase no fim do mundo”, diz Papa Francisco. Essa é a chamada de capa do jornal Novo Horizonte da edição de nº 975. A frase foi dita pelo Papa, no seguinte contexto: “Irmãos e irmãs, boa noite! Vocês sabem que o dever do Conclave era de dar um bispo a Roma. Parece que meus irmãos foram buscá-lo quase no fim do mundo. Mas, estamos aqui”.
A frase utilizada como chamada de capa está descontextualizada e não leva o leitor a uma melhor compreensão. Qual o motivo dessa escolha? É para explicar porque demoraram a escolher o novo pontífice? Ou o jornal realmente acha que a América Latina é o fim do mundo?
Como a principal chamada de capa, a matéria também teve grande destaque dentro do jornal. Dois pontos são passíveis de análise nessa matéria:
1)      O jornal colocou na íntegra o discurso do Papa e também colocou trechos em latim. Aí eu me pergunto, o leitor sabe o que está escrito? Porque colocar palavras em latim se existe a possibilidade de tradução?
2)      O Papa foi eleito dia 13 de março e a circulação do jornal começou no dia 16. De fato, quando publicada, todos já sabiam da escolha do pontífice. Qual o critério de noticiabilidade do jornal?

Sabemos que o periódico faz parte de uma emissora católica, mas isso não justifica o fato da informação ter sido deixada de lado nos trechos que foram publicados em latim, certo que em outros meios de comunicação foram publicados traduzidos. E ocupar duas páginas com uma “notícia” que a maioria da população, se não todos, já sabiam é falta de clareza sobre o que significa informar os leitores.
Em análise mais geral, é válido dizer que mais uma vez os jornais parintinenses não se preocupam em editar, tampouco em informar o leitor de forma rápida e clara, deixando a INFORMAÇÃO de lado na maioria das vezes.

Yasmin Gatto Cardoso

16 comentários:

  1. Parabéns Yasmin Gatto Cardoso, pela sutil observação. De fato, para o senso comum, as palavras em Latim "assustam" ou "não levam a nenhum entendimento". Como a finalidade do véiculo de comunicação é, obviamente, comunicar, é inútil fazer uso do latim, concordo, pois a referida língua não é compreendida pela maioria dos leitores.
    Só penso que muitas contruções textuais não devem ser analisadas de forma literal, deve-se considerar seu sentido implícito, não é?
    Para quem entendeu o sentido das palavras do Papa, percebe que o que tem marcado sua postura é o fato que ele "vem do fim do mundo”, isto é, de fora dos quadros europeus tão carregados de tradições, palácios, espetáculos principescos e de disputas internas de poder,e ele com gestos simples, populares, óbvios para quem dá valor ao bom senso comum da vida. Ele está quebrando os protocolos e mostrando que o poder é sempre uma máscara e um teatro bem puntualizado pelas regalias, mesmo em se tratando de um poder pretensamente de origem divina! A equipe deste nobre blog considerou os últimas mensagens do PAPA, que é objeto desta análise? Considero que para uma boa crítica deve-se partir de um bom fundamento histórico-crítico. Se não, corre-se o risco de cair numa superficialidade jornalística e que não contribui com a evolução crítica de nossa sociedade.
    (Josuedson Mattos)

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  2. Bem Josuedson vou ter que fazer certas discordâncias do seu comentário. Você inicia falando e entendendo que a finalidade do veículo é comunicar. Então, o sentido inplícito é inválido nesse sentido, pois se o que vale na comunicação de massa é o que é dito e não o que o autor queria dizer, mas não conseguiu.
    Estar fora dos quadros europeus é quebrar certo paradigma, mas dizer que aqui é o fim do mundo é cair no mesmo erro eurocêntrico/hegemônico.
    Você diz que "Ele está quebrando os protocolos e mostrando que o poder é sempre uma máscara e um teatro bem puntualizado pelas regalias, mesmo em se tratando de um poder pretensamente de origem divina!"
    De fato ele está quebrando certo protocolos, mas acredito ser mais fácil entender isso como manobra política, aliás é esse Papa que precisa a igreja, conservador e carismático, quase um "Lulinha paz e amor", o que mostra, também, que seu poder e conclave foram terrenos.

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    1. Prezados senhores do “Observando Parintins”. A princípio, peço desculpas por não ter respondido tempestivamente as colocações aqui expostas. Todavia, ratifico com veemência minhas idéias. Não respondi antes, pois tenho uma vida profissional a zelar que, graças a Deus é bem sucedida; dedico-me também a ensinar filosofia aos nobres amigos da Igreja, bem como possuo atividades acadêmicas da pós-graduação. Agora, com um tempinho livre, me dedicarei a responder as peripécias do aprendiz de Marxista Helder Mourão, que aliás, recebo com estranheza sua discordância uma vez que foi a jornalista Yasmin Gatto Cardoso que assinara a autoria do artigo. Naturalmente, seria a própria “jornalista” que refutaria minhas colocações. Pois bem, continuemos COM A GRAÇA DE DEUS, O DONO DE TODA A SABEDORIA, NA PESSOA DE JESUS E PELOS GRAÇAS DE MARIA, Theothokos!
      Prezado Helder, Salve Maria!
      Seu argumento é falho por alguns motivos, a saber:
      1) Pelo seu erro ortográfico: Escreve-se “implícito” e não “inplícito”, podemos admitir isso de um pretenso jornalista? Nãaaaaaaoo.
      2) É comum dos militantes marxistas, como Vossa excelência, emitirem um “contraditório” sem chegar a lugar algum. Por exemplo, Você me diz: “Estar fora dos quadros europeus é quebrar certo paradigma, mas dizer que aqui é o fim do mundo é cair no mesmo erro eurocêntrico/hegemônico”. Mas, cadê o fundamento de sua argumentação? Por que você concluiu isso? Você apenas contradisse minhas ideias, sem evidenciar seus argumentos. Isso até minha sobrinha de 5 anos de idade faz comigo, repito, ATÉ A MINHA SOBRINHA DE 5 ANOS FAZ ISSO. SE OPOR A UMA IDÉIA É INSTINTO HUMANO, FUNDAMENTÁ-LA É SABEDORIA. Bom, vamos continuar. Como você só se deu o trabalho de opor e não de fundamentar, farei os dois pra você, para clarear sua idéias, Helder Mourão.
      (Josuedson Mattos) ...Continua....

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    2. 3) Você diz: “Então, o sentido inplícito é inválido nesse sentido, pois se o que vale na comunicação de massa é o que é dito e não o que o autor queria dizer, mas não conseguiu” (Helder Mourão). Han? Você disse “comunicação de massa?” OOOOOHHH!. E quem te enganou que jornais são uma comunicação de massa? Segundo uma pesquisa divulgada pelo site Estadao.com e que foi encomendada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República, divulgada em 2010 e disponível no sítio http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,pesquisa-mostra-que-461-da-populacao-le-jornal,568419,0.htm, apenas 46,1% da população brasileira ler jornais. Eu disse, da população brasileira. Trazendo para a realidade de nosso município e cidades adjacentes, presumo ser um percentual ainda mais pífio. Então, pode-se concluir que o público que ler jornais no Brasil e no nosso município, é privilegiado, assim como você e eu, nobre Helder Mourão. Então, dizer que os leitores de um jornal não compreenderão o sentido implícito dos textos ora redigidos e divulgados é subestimar a capacidade cognitiva de cada um. A não ser que a jornalista do artigo objeto deste debate tenha sua capacidade cognitiva limitada, mas creio que não, pois se pretende ser jornalista, deve conhecer de có os princípios da Teoria da Comunicação. Numa cidade como Parintins, onde, arrisco dizer, 70% da população se alimenta mal por falta de recursos financeiros, imagine comprar jornal todos os dias ou uma vez por semana, seria um suicídio. Quem ler jornais neste país e neste município é ainda, infelizmente, os intelectuais, então, naturalmente entenderiam o sentido implícito da colação “fim-do-mundo”. Assim, seu argumento é FALHO.
      4) Caro Helder, como dizia seu mui amigo marxista Raul Seixas: “é fácil chegar ao oposto do que eu disse antes...”, como disse, isso até criancinha faz... Tome cuidado, uma criança pode até lhe vencer em argumentos. Você sofre de TPM (Transtorno Pseudo-Marxista), onde tudo para você parece relativo, seus argumentos provam que sua relativização no final não conduz a nenhum entendimento. Está enraizado em você o “Marxismo Cultural”, pois você sabe que a Igreja é sustentada por uma lógica burguesa, que tem “apego” ao certo e ao errado, ao moral e ao imoral e você considera isso ultrapassado, pois jaz em você o fracasso marxista. Parece que você não tem uma opinião clara sobre qualquer tema: quando algo ajuda a tal “revolução”, você é favorável; quando atrapalha, abomina. E o que dá para concluir de suas pobres colocações?

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    3. E o que dá para concluir de suas pobres colocações?
      Simples, não há um filosofar autêntico nelas. Há um tempo, me defini marxista, porém, vi que essa era uma escolha irracional. Isso mesmo Irracional! Assim como ser Ateu. Explico: Poderia ser verdade que não haja nenhuma verdade e, ao mesmo tempo, ser verdade que Deus não existe? Talvez você, caro Helder Mourão, vai pensar que a questão aqui proposta seja absurda. E pode vir à mente do nobre “jornalista” a recordação do jovem Ivan, personagem de Irmãos Karamázov, que defendia que se Deus e as religiões não existissem, tudo passaria a estar permitido. Aquele personagem manifestava assim o desejo de uma liberação: ao livrar-se da crença em Deus, o homem ficaria livre de todo dogmatismo, tanto teórico, quanto moral. Como dizia São Tomás de Aquino: “Deus não existe’ sem antes ter desejado que Ele não exista”. Com efeito, o devedor insolvente gostaria que seu credor não existisse. O pecador que não quer deixar o pecado, passa a negar a existência de Deus. Por exemplo, lá no banco onde trabalho, várias pessoas querem explodir o banco, saber por que? Porque gostariam de se ver livres da dívida, mas quando precisaram não fizeram nenhuma objeção.
      A negação de Deus traria o fim da “lei natural” e do dever de amar o mundo e ao próximo. Oh....Helder Mourão, a mesma liberação quis experimentar Nietzsche ao declarar a morte de Deus, ou melhor, ao dizer que os homens o haviam assassinado. De modo que para eles a negação ou “morte” de Deus não estaria fundamentada no relativismo, mas seria a origem mesma do relativismo.
      A afirmação da não existência de Deus seria uma escolha, algo indiscutível e impossível de ser demonstrado a partir de verdades anteriores. E aceitá-lo seria assumir a crença num novo dogma que faria desmoronar todos os demais dogmas. O ateísmo fundaria assim o relativismo na moral e no conhecimento humano. As pessoas que não aceitam Deus, fazem-no porque não querem aceitar a existência da verdade, à qual deveriam se submeter. Isso é um absurdo. O ateísmo parte de uma afirmação que tem valor de verdade absoluta: Deus não existe. Se essa afirmação não fosse tomada pelos ateus como verdade, eles simplesmente deixariam de ser ateus.
      O relativismo para eles se dá somente nas “verdades” inferiores e todos deveriam se submeter ao imperativo único da nova moral: é proibido estabelecer regras morais. O interessante é que Nietzsche e outros conhecidos filósofos ateus reconheceram que afirmar o relativismo cognoscitivo e o ateísmo é em si mesmo contraditório. O motivo seria que o relativismo implica a afirmação da não existência de verdades absolutas; mas isso se funda, por sua vez, numa verdade absoluta: a não existência de Deus, entende nobre Helder Mourão?
      Em A Dialética do Iluminismo, citando a Nietzsche: «Percebemos “que também os não conhecedores de hoje, nós, ateus e antimetafísicos, alimentamos ainda o nosso fogo no incêndio de uma fé antiga dois milênios, aquela fé cristã que era já a fé de Platão: ser Deus a verdade e a verdade divina”. Sendo assim, a ciência cai na crítica feita à metafísica. A negação de Deus implica em si uma contradição insuperável, enquanto nega o saber mesmo. Chupa essa Helder Mourão.
      (Josuedson Mattos) .....continua......

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    4. 5) Não podemos dar credibilidade a suas ideias, pois a gênese das mesmas tem cunho Marxista. E isso te faz volátil, versátil e previsível, por que?
      Exatamente por isso, o marxismo tem um sistema racional versátil, revolucionário e dialético. Gramsci já alertava para a não existência do bem ou do mal, tendo como um de seus inspiradores a figura de Maquiavel, ao dizer que tudo aquilo que Maquiavel fez a favor do Príncipe, precisava ser feito a favor do partido comunista. Existe aquilo que é oportuno, aquilo que ajuda ou não a revolução. Tudo o que existe de realidade racional é fruto de uma criação humana. Não existe verdade, que determine um agir, segundo vocês.
      Isso é bastante coerente da parte de vocês marxistas, pois só haveria uma ordem a ser seguida no agir se houvesse um intelecto criador. Como são ateus, defendem que o intelecto criador não existe e, portanto, não há ordem a ser seguida ou verdade que determine o agir humano.
      Só para esclarecer esta ideia, dizer que a ordem que existe no mundo não é obra de um Criador não foi mérito dos marxistas. Por incrível que pareça, a visão tradicional de que a ordem que existe no mundo é criacional, racional foi combatida por obra de um cristão piedoso chamado Immanuel Kant. Isso vocês não explicam para a sociedade.
      Existe uma coisa muito importante que é sempre preciso ter diante dos olhos: para se compreender bem o pensamento marxista, é necessário ter a certeza de que a verdade não existe. Enquanto houver fixação na verdade, na lógica, não será possível compreender ou ser um bom marxista. O marxista vê o mundo a partir da irracionalidade. E isso é uma demonstração de certa coerência, pois, já que, segundo a sua filosofia, Deus não existe, tudo o que existe é irracional. Então, pela lógica, meu caro Helder, você é irracional! Desculpe, mas se és Marxista, concluo isso pelo o que sua ideologia prega.
      Vocês são indefinidos, e provo isso. Como você me explica Helder que, por exemplo, os homossexuais na Rússia são abominados, pois atrapalham na implantação da mentalidade do homo sovieticus, homem forte, que possibilita a revolução? E no Ocidente, são essenciais, pois são usados como meio para destruir a ética judaico-cristã? Que contradição.
      O marxista é assim, não por concordar com o pensamento kantiano, mas por afirmar que a ordem imposta ao mundo irracional é a que traduz o interesse de uma classe, especificamente, o da classe burguesa. Segundo o marxismo, existe uma superestrutura (baseada na religião judaico-cristã, na filosofia grega e no direito romano) que justifica o status quo, a situação opressora na qual a sociedade se encontra. Esta superestrutura cria uma cultura que busca defender seus interesses de classe. As pessoas, inoculadas por esta cultura, passam também a defender os interesses da classe burguesa.
      (Josuedson Mattos) ......continua...

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    5. O seu Marxismo Helder, está em crise, e uma das soluções que vocês encontraram foi em Herbert Marcuse que defendia inclusive a pedofilia, coisas que todos criticam em padres católicos, que de fato, devem ser punidos. Herbert Marcuse, outro grande expoente da Escola de Frankfurt, escreveu um livro chamado Eros e Civilização, na década de 50, no qual traça, com toda clareza, o programa da revolução hippie, da revolução sexual, do pacifismo. Marcuse propõe uma junção do pensamento de Freud e Marx ao defender a tese de que o americano é puritano e que por reprimir o sexo é extremamente agressivo. Para superar tal agressividade, os americanos precisam fazer guerra. Como o sistema capitalista precisa de mercados, as guerras são úteis para o imperialismo americano conquistar o mundo. A repressão sexual seria um dos meios para manter o sistema capitalista de pé, segundo Marcuse, pois ao tornar as pessoas agressivas, leva a guerras e, automaticamente, acaba por atrasar a implantação da nova sociedade marxista no mundo.
      É preciso, então, que o homem reprimido, puritano, faça sexo. Daí surge o lema de Marcuse: faça amor, não faça a guerra. A revolução hippie é fruto direto do pensamento de Marcuse. Segundo ele, fazendo sexo os jovens iriam se tornar pacifistas, não fariam guerras, o que faria com que o sistema capitalista caísse. Assim, o movimento hippie e Woodstock, que pareciam ser fruto da decadência do modelo da sociedade americana, fruto do capitalismo decadente e materialista, na realidade são fenômenos inoculados na sociedade americana pelos marxistas.
      A Escola de Frankfurt buscou, dessa forma, alavancar a revolução marxista mudando a forma de a pessoa se relacionar com a sua própria sexualidade, pois percebeu que ao impor um novo padrão de sexualidade, a implantação da sociedade socialista se tornava mais fácil. Ledo engano.
      Porém, não é verdade que ao destruir a moral sexual, surja automaticamente uma sociedade melhor. Para que os jovens da década de 70 transgredissem, violentassem a própria consciência, as regras morais, eram necessárias altas doses de drogas para que a libertinagem sexual fosse vivenciada. Só assim diziam não à moral cristã, conservadora. Os jovens de hoje, infelizmente, estão numa situação diferente, pois muitos já experimentaram o fundo do poço: mesmo na mais tenra idade já há pessoas deprimidas e que, desiludidas pela experiência do hedonismo, acabam por perceber, desde cedo, que o prazer não responde à sede de sentido de vida que lhes é peculiar.
      (Josuedson Mattos) ....continua....

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    6. 6) Por último, quero me debruçar na sua irracional colocação:
      “De fato ele está quebrando certo protocolos, mas acredito ser mais fácil entender isso como manobra política, aliás é esse Papa que precisa a igreja, conservador e carismático, quase um "Lulinha paz e amor", o que mostra, também, que seu poder e conclave foram terrenos”(Helder Mourão).
      Você sabia que Freud dizia que costumamos pensar conforme nossas referências pseudo-formadoras? Isto é, costumamos ver o mundo como nosso Pai, Mãe, professor até pessoas que admiramos? Pois é, como você admira Marx e crer nele, é de se imaginar que você ver a Igreja de Cristo como uma estrutura política e opressora que impede com que o ser humano se expresse na sua totalidade. É o que vocês chamam de alienação, não é Helder Mourão? Mas, espera aí, deixa eu pegar meu dicionário Michaelis, me dar um tempinho....tic tac, tic tac, tic tac...
      Achei! Conforme dicionário Michaelis significado de alienar é o de “tornar alheios determinados bens ou direitos, a título legítimo; transferir a outrem”. A Primeira Guerra Mundial representou uma crise teórica para o marxismo, pois este esperava que os trabalhadores se unissem contra seus empregadores, mas o que aconteceu foi exatamente o contrário: os trabalhadores se uniram uns contra os outros. A grande pergunta que surgiu foi a seguinte: quem alienou os trabalhadores desta forma?
      Um alienado segundo o marxismo é alguém que renunciou aos seus direitos de classe para dá-los a outra pessoa. Quando ele para de lutar pelos seus direitos de classe, está servindo a outra classe. Quem alienou o proletário, o pobre? A resposta do marxismo: a civilização ocidental.
      Tudo pra vocês é alienação, mas.... O que dizer de serem marxistas? Não é ser alienado a Marx? A relativizar sua visão de mundo conforme Marx? Condicionar seu pensamento ou ação a uma determinada ideia pré-construída não é deixar-se alienar? Que loucura. Han? O que? Cadê? Rrsrsrs. Nossa, será que sou um alienado? Quem sabe? Mas como? Ah..sim, posso ser pela Igreja que dizem ser opressora. Mas, como explicar minha satisfação pessoal em estar nela? Será que Freud explica? Não. Jesus Explica. Aliás, quem até agora refutou Jesus? Não conheço. Quem destruiu sua Igreja? Ninguém.
      (Josuedson Mattos) ....continua....

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    7. Saiba, Helder, que antes de tudo, o poder da Igreja é Instituição divina. Vou explicar. Vou lhe dar uma pequena aula de Eclesiologia. Então vamos lá!
      Tomo as palavras de Jesus, o Cristo, o alfa e ômega: “E eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; e eu te darei as chaves do reino dos Céus: e tudo o que desatares sobre a terra, será desatado também nos céus.” (Mt. 16, 18)
      Como isso é claro e positivo! Jesus Cristo muda o nome de Simão, em pedra (aramaico: Kephas, significa pedra e pedro, numa única palavra, como em francês Pierre é o nome de uma pessoa e o nome do minério pedra).
      Deus fez diversas vezes tais mudanças, para que o nome exprimisse o papel especial que deve representar a pessoa. Assim mudou o nome de Abrão em Abraão (Gn 17, 5), para exprimir que devia ser o pai de muitos povos. Assim Jesus mudou o nome de Simão em Pedro, sobre a qual estará fundada a Igreja, sendo o seu construtor o próprio Cristo.
      Em todo o trecho em que Nosso Senhor confirma S. Pedro como primeiro Papa, fica evidente que Ele se dirige, exclusivamente, a S. Pedro, sem um mínimo desvio: “Eu te digo… Tu és Pedro… Sobre esta pedra edificarei… Eu te darei… O que desatares…”
      Então caro Helder Marxista Mourão, A Igreja é Una, Santa, Católica e Apostólica. Cada um desses adjetivos atribuídos a Igreja tem uma explicação, mas isso daria um Tratado e não é esse o objetivo. Se você quiser, podemos debater em outro momento.
      Mas, como disse, a Igreja é Instituição divina, fundada pelo próprio Cristo em Pedro, como citei acima. Em todas as partes do mundo a Igreja prega a mesma fé, a fé em Jesus Cristo e na Sua Gloriosa Ressurreição; administra os mesmos sacramentos; reconhece o mesmo chefe, pois em todos os lugares do mundo, a obediência é mantida desde sua fundação,
      Diante disto, posso afirmar com convicção, que a Igreja Católica tem as seguintes características, a saber:
      -Fundada por um só Senhor – Jesus Cristo vivo e Ressuscitado.
      - Animada por um só espírito – animada e conduzida pelo Espírito Santo
      - Tem um só entrada: A Fé em Jesus Cristo explicitada pelo Batismo.
      - É governada por um só episcopado – o Colégio Universal dos Bispos que é formado pelos bispos do mundo inteiro em união com o PAPA, que é bispo de Roma, o Sumo Pontífice.
      - Uma só finalidade – a glória de Deus e a santificação dos Homens.
      A unidade da Igreja não é uma unidade política, superficial, mas um unidade na complexidade, complexidade na doutrina, de culto e de governo.

      Termino, concluindo que você pratica o ato de filosofar de forma patética e superficial. Você ver o mundo de forma materialista como Marx entendia. Helder Mourão, ainda estás na Caverna, cego pela ideologia Marxista. Você perdeu o sentido da transcendência, do Absoluto. Como dizia Platão: “Os filósofos são aqueles que são capazes de aprender aquilo que é eterno e imutável. E não o são aqueles que se detém na multiplicidade de coisas diferentes” (Platão, A República, 484b)

      E também deixo com você as Palavras de São Paulo Apóstolo:

      “Como (de nossa pregação) recebestes o Senhor Jesus Cristo, vivei nele, enraizados e edificados nele, inabaláveis na fé em que fostes instruídos, com o coração a transbordar de gratidão! Estai de sobreaviso, para que ninguém vos engane com filosofias e vãos sofismas baseados nas tradições humanas, nos rudimentos do mundo, em vez de se apoiar em Cristo Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.” (Carta aos Colossenses, Cap. II, vers. VI a IX)
      In Corde Jesu Semper !
      (Josuedson Mattos)*

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  3. Bem Josuedson, pra começar o Lacrima é um projeto que discute suas pautas e ideias, sendo que na maioria das vezes, como nesse caso, entramos em concordância. Por isso, qualquer um pode vir e responder as questões levantadas por outros ensaístas. E afinal de contas, todos somos ocupados também e no momento de sua resposta tive um tempinho para respondê-la também.
    Bem, primeiro que meu erro ortográfico não inviabiliza o argumento. Depois que todos erram palavras na hora de digitar e nenhum jornalista escreve perfeitamente.
    Quanto à fundamentação do argumento, garanto que até sua sobrinha de 5 anos entende que chamar a América Latina de fim do mundo é eurocentrismo, está mais claro que a água, sinceramente não sei o que mais precisa ser dito acerca disso.

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  4. Já que você fala bastante em fundamento, vamos lá também. Você mostrou aí que é baixa a parcela da população que lê jornais, isso é fato, inclusive eu tenho os dados de venda dos cinco jornais mais vendidos no Brasil e da maioria dos de Parintins. Mas seu fundamento não faz o menor sentido, pois isso não faz com que o jornal não seja meio de comunicação de massa. A definição de comunicação de massa está ligada a disseminação de informações em larga escala para um público grande. 46,1% é quase metade da população brasileira e isso é um público grande, enorme.
    No mais, os dados de um jornal ou outro não definem comunicação de massa. Se assim fosse, o jornal mais vendido (ou lido) do mundo seria comunicação de massa e nenhum jornal daqui da cidade seria?
    Independentemente da venda, leitura ou acesso a quaisquer produtos específicos, as mídias de massa são meios de comunicação que atingem um largo público. Exemplos dela são: cinema, rádio, TV e mesmo a fotografia. Ou seja, a fotografia que tirei ontem não é “menos” comunicação de massa que as do Sebastião Salgado ou do Mário Cravo Neto, só porque a minha é menos consumida que a deles.

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  5. Ou seja, quem “me enganou” que os jornais são comunicação de massa foram todos os autores que conheço e tratam sobre teorias da comunicação, do jornalismo e temas afins. Se você conhece algum que diga o contrário e tenha melhores fundamentos que os seus me apresente, por favor.
    Quanto a sua presunção de que os leitores locais de jornal são um público privilegiado intelectualmente, gostaria sinceramente de entender seus fundamentos e dados, pois segundo os dados que tenho isso não faz sentido, e novamente como você gosta de fundamentos, vou mostra-los.
    A diminuição da venda/leitura dos jornais impressos tem sua gênese no surgimento do rádio e aumenta com o surgimento da TV. Mas autores e jornalistas renomados como Canavilhas, Muniz Sodré, Leo Bogart e Alberto Dines (para citar alguns poucos), mostram que a decadência do impresso se dá por causa internet.
    Em Parintins a internet é cara e de qualidade ruim, o que me leva e crer que a população mais carente ainda compra o jornal, principalmente pelo fato de que o maior jornal, mais vendido e de mais credibilidade é o da igreja católica. Ou seja, a população de maioria católica, lê o jornal. Essa população é de baixa renda.

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  6. Bem, em nenhum momento foi dito que ninguém, inclusive a autora do ensaio, vai entender os sentidos implícitos presentes na notícia, o que por sinal daria uma pesquisa de alta complexidade tendo em vista que as pesquisas de recepção são das mais trabalhosas e complexas.
    Então caro Josuedson, acho que você precisa dar uma lida nas teorias da comunicação, pois mesmo as primeiras (hoje consideradas banais, inclusive) já tinham como pressuposto principal a necessidade de executar uma comunicação clara, objetiva, coesa e coerente. Todos os autores de teoria da comunicação relevam que a comunicação, principalmente a social, precisa ser clara e objetiva.
    Se quiser umas dicas para ler sobre teorias da comunicação eis algumas: Vera Veiga França (2001); Venício de Lima (2001) Matellart& Matellart (1999) e por fim um marxista já que você gosta tanto deles, Genro Filho (1987).
    Já que você diz que “Caro Helder, como dizia seu mui amigo marxista Raul Seixas: “é fácil chegar ao oposto do que eu disse antes...”, como disse, isso até criancinha faz... Tome cuidado, uma criança pode até lhe vencer em argumentos. Você sofre de TPM (Transtorno Pseudo-Marxista), onde tudo para você parece relativo, seus argumentos provam que sua relativização no final não conduz a nenhum entendimento”
    Primeiro seu total desconhecimento de Marxismo o faz crer (talvez por cognição limitada) que nessa linha teórica tudo é relativo. É absurdamente contrário. As coisas são concretas, lembra com quem surge o conceito sociológico de materialismo?
    E pelo que notei, na verdade são os seus argumentos que são falhos. Inclusive (como fiz licenciatura em história) ano passado enquanto estagiava para criancinhas de 12 anos, eles sabiam me dizer o que era comunicação de massa. Ao contrário de você.
    No mais não sei por que você mudou tão sumariamente de assunto e passou a discutir a existência de Deus, talvez eu tenha cognição limitada pra entender isso. Mais deixo pra outro momento discutir a existência de Deus, que, aliás, eu acredito, chupa essa Josuedson, mas prefiro discutir em outro lugar essa questão.
    Quanto à sua discussão acerca do Marxismo, lhe peço, por favor, (enquanto tento parar de rir) que deia uma lida no livro “A crise da crise do marxismo: introdução a um debate contemporâneo” (1985) e alguns outros. No mais, não vou e nem tenho como discutir marxismo, pois diferente de você conheço bem pouco ainda, mas, o bastante para perceber, sinceramente que você não leu nada (ou tem capacidade cognitiva limitada) e nem sabe a diferença entre marxismo e marxianismo
    E por favor, antes de falar que os outros não têm argumentos e fundamentos, reflita sobre a situação dos seus.

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  7. Josuedson Matos quero lhe dizer que o Lacrima é um GRUPO, sendo um grupo o Helder Mourão ou qualquer outra pessoa do grupo pode responder por qualquer um de nós nos ensaios, mesmo sendo eu a “jornalista” Yasmin Gatto, que você fez questão de colocar entre aspas, quem escreveu o texto!!!
    A ideia do ensaio produzido acerca do Papa não quer argumentar se ele está quebrando ou deixando de quebrar protocolos, pois isso pouco ou nada importa para nós. O ensaio diz respeito ao jornalismo, o fato de termos um texto muito extenso torna a leitura cansativa e as palavras em latim em nada ajudam o leitor. E o fato de terem publicado a “notícia” dias depois do acontecido torna a “matéria fria” (termo usado no jornalismo, mas você não deve conhecer, pois já mostrou que nada sabe sobre o jornalismo quando diz: “E quem te enganou que jornais são uma comunicação de massa?”). Você não sabe, de fato, o que está dizendo!! Então não adianta eu colocar aqui todos os meus motivos sobre a crítica feita neste ensaio que você não vai entender e vai ACHAR que é uma crítica ao Papa por SERMOS MARXISTAS ALIENADOS, você nem sabe se somos marxistas e fica afirmando isso. E vale ressaltar que o PAPA não é o objeto da minha análise, ok?!
    Quando você fala “Prezados senhores do “Observando Parintins”. A princípio, peço desculpas por não ter respondido tempestivamente as colocações aqui expostas. Todavia, ratifico com veemência minhas idéias. Não respondi antes, pois tenho uma vida profissional a zelar que, graças a Deus é bem sucedida; dedico-me também a ensinar filosofia aos nobres amigos da Igreja, bem como possuo atividades acadêmicas da pós-graduação. Agora, com um tempinho livre, me dedicarei a responder as peripécias do aprendiz de Marxista Helder Mourão”.
    Não temos nada a ver com a sua vida profissional, NADA A VER. Se você é bem sucedido ou deixa de ser, isso não importa. E também não significa que as pessoas que não são bem sucedidas não tenham nada para fazer, tá legal?! Isso é muito relativo. E se você falou isso com o intuito de dizer, que nós, do Lacrima temos tempo livre por não termos uma “vida profissional bem sucedida” como a sua, nos desculpe. É por isso que estamos aqui, respondendo suas colocações, porque não temos nada para fazer mesmo!!!!!!! Espero que você entenda que isso é uma ironia.
    Enquanto ao seu “dedico-me também a ensinar filosofia aos nobres amigos da Igreja”. Você quer o quê colocando isso? Que joguemos flores em cima de você, aplaudindo e dizendo: NOSSA COMO UM HOMEM OCUPADO PODE TER TEMPO PARA SE DEDICAR AO ENSINO DA FILOSOFIA AOS AMIGOS DA IGREJA? Aaaah, dá licença, Josuedson!
    Em relação ao marxismo, não cabe a nós ficarmos discutindo isso com você. O que você pensa acerca do assunto é problema seu, e saiba que a sua opinião sobre NOSSAS ESCOLHAS POLÍTICAS não nos intimidam, de modo algum!
    Agora sobre sua opinião acerca do que fazemos no blog, aí é outra coisa. O Lacrima foi criado com esse intuito mesmo, foi criado para que as pessoas pudessem dizer o que pensam acerca dos nossos trabalhos, não estamos aqui só para receber elogios, pois se assim o fosse o projeto que já dura três anos já deixaria de existir faz tempo, pois são poucos os elogios. Mas, isso só faz com que nos fortaleçamos mais, estamos em busca de um fazer jornalístico de qualidade, independente de qualquer coisa.
    Enfim, já que você é tão formal, vamos láááá.
    Uma frase de impacto para encerrar, mas que explicite bem minha opinião:
    “Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las” Voltaire.
    P.s: Obrigada por seus comentários, a equipe LACRIMA fica feliz com as visitas!! Volte sempre!
    Abçs,
    Yasmin Gatto Cardoso, a “jornalista”.


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  8. Jornalista com gosto

    Gosto de ser jornalista.

    Gosto dessa coisa de não ter rotina. Gosto da surpresa. Do imprevisível. Gosto da rua. De andar, de olhar. De ouvir. Gosto das coisas belas e das feias também. Gosto de gente.

    Gosto do frio na barriga. Gosto do gosto de primeira vez pela milésima vez. Gosto das boas histórias para contar. Das boas histórias para lembrar.

    Gosto de imaginar o que o leitor achou, se refletiu, amou ou odiou.

    Gosto da dúvida. Gosto de questionar. Desconfiar. Gosto do desafio de sentar e escrever. Gosto de pensar como é que eu começo essa porra. Gosto de não saber como terminar.

    Gosto de não me conformar. Da inquietação que me faz andar.

    Gosto do cheiro de café. Gosto do jornal fechado, do jornal folheado. Gosto do bar. Dos amigos. Gosto da conversa fiada. Da piada. Gosto dos dias alegres e dos cheios de melancolia também.

    Gosto de trapacear o destino. Gosto de reclamar. Caraca, como eu gosto de reclamar.

    Gosto de ficar desgostoso com a minha vida de jornalista e logo depois achar tudo muito gostoso outra vez.

    Texto retirado: http://desilusoesperdidas.blogspot.com.br/2013/01/jornalista-com-gosto.html

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  9. Nunca vi tanta bobagem sobre filosofia reunida em um só texto!! Josuedson, acho bacana você questionar os pressupostos daqueles que julga "marxistas", mas vai estudar para saber o que é isso... Caraca, linhas e linhas de baboseira. Ou argumenta com conhecimento de causa, ou fique no senso comum de "chupa Helder Mourão", mais o seu nível intelectual mesmo... Abs.

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