O Jornal Novo Horizonte
trouxe em sua página principal uma matéria sobre a Copa Alvorada. O jornal deu
ênfase ao evento mais do que qualquer outro assunto. Só que mais uma vez o veículo
priorizou o acontecimento que é organizado pelo próprio Sistema, deixando de
dar destaque a outras notícias.
Outro ponto
relevante para ser comentado e o objeto principal de minha crítica é o da
eleição da Rainha da Copa Alvorada. Na matéria, o jornalista coloca algumas frases,
do tipo: “As belas candidatas a rainha da Copa Alvorada trouxeram um atrativo a
mais a competição”; “O concurso de rainha da Copa sempre atrai um bom público”;
“Ao longo da competição as doze candidatas passarão por várias eliminatórias
até que se conheça a realeza da Copa Alvorada 2013”.
Acredito que uma
competição não dependa de desfile feminino ou até mesmo masculino para atrair
“um bom público”. É de conhecimento nosso que eventos em Parintins prezam por
esse tipo de competição, é escolha de “Garota Expopin”; “Garota Estudantil”;
“Garota Devassa”; “Rainha do Carnailha” e por aí vai.
A mulher parintinense
tem sido tratada como mercadoria. Esses concursos, como foi afirmado na notícia, garantem aos realizadores de eventos um ganho a mais, já que elas (as meninas)
trazem plateia. Uma pergunta pertinente neste momento é: como esse veículo, que
é tão tradicional em seus valores, permite esse tipo de tratamento a nós mulheres?
E quando digo nós, me
incluo nesse meio, pois como uma parintinense não me sinto orgulhosa por ter
tantos estereótipos relacionados à mulheres amazonenses, parintinenses, enfim, às
mulheres do norte. E enquanto a mídia insistir em vender as mulheres de
Parintins como um produto, seja em concursos de beleza ou de qualquer outra forma, esse
ESTERIÓTIPO vai continuar.
Será que as mulheres em
Parintins vivem de concurso de beleza? Vivem vestindo-se com “roupas alusivas”
ao ambiente de cada competição? São perguntas reflexivas! Acredito que também é
papel da mídia não contribuir para essa construção errônea do que é ser UMA
MULHER DE PARINTINS.
Yasmin Gatto Cardoso
muito interessante a sua observação, deve-se realmente mais respeito as mulheres parintinenses.
ResponderExcluirAdorei o texto, Yasmin. Só me pergunto até quando isso vai acontecer? Acho chato sim, fico indignada sim quando vejo esse tipo de coisa. Primeiro com as próprias mulheres que se permitem isso, e depois claro, com a mídia que insiste em criar esses esteriótipos.
ResponderExcluirAbraços, linda!
Ao blog Rosticidade, obrigada pelo comentário. A equipe Lacrima fica feliz pela visita. Att,
ResponderExcluirYasmin Gatto.
Indira! Obrigada, querida. Essa é uma pergunta que eu tb me faço... mas infelizmente ainda não podemos respondê-la!
ResponderExcluirAbraços,
Yasmin Gatto