quinta-feira, 5 de maio de 2011

Qual é o preço da informação?

 Antes de começar a análise sobre o editorial do jornal “A Folha do Povo” da primeira quinzena de abril de 2011, gostaria de parabenizar todos os profissionais que trabalham e fazem acontecer o referido jornal durante esses três anos. Feito o registro, vamos ao que interessa.
            No seu editorial intitulado “A democracia se difunde com liberdade de imprensa”, visualizamos, através de suas entrelinhas, o formato jornalístico padrão desse impresso. Primeiro vamos nos fixar na afirmação do primeiro parágrafo que diz: “sabemos o preço da imparcialidade, e sentimos na pele o valor de nossa independência”. Lembrem-se bem da utilização das palavras preço e valor, pois no decorrer de nossa análise retomaremos esses termos. Mais adiante é levantado novamente essa questão de valores e conduta ética quando se diz que “sabemos o quanto custará esta imparcialidade, contudo a hipocrisia ou forma ilícita de auferir lucro fácil passará longe de nossa conduta”. Guardem também estas palavras que ajudaram a tecer essa teia discursiva de nossa análise.
            Antes, observamos um fato curioso quando é expresso no editorial o seguinte: “Claro que somos suscetíveis a equívocos, jamais nos intitularemos de dono da verdade, porém a manchete de capa do jornal traz os seguintes dizeres: “3 anos falando a verdade”. No mínimo contraditório...
            Agora vem o ponto alto do editorial, quando percebemos que há muitas matérias que não condizem com a opinião do veiculo, por pertencerem ao espaço publicitário pago do jornal, porém que fique claro: espaço publicitário é algo que deveria ser expresso claramente ao leitor como sendo de caráter publicitário e não ser transformado e camuflado como se tratando de uma noticia informativa. É esse o preço e o valor da independência e da imparcialidade tratados anteriormente levando ao publico informações que não condizem com a realidade somente porque se paga um determinado valor ao jornal para se falar o que convém A ou a B.
            Enfim, essa é “A Folha do Povo”. Cabe ao Leitor tirar suas próprias conclusões. Oportunidade não falta de dialogar com o jornal visto que na própria conclusão do editorial tem-se a informação, estranha num espaço opinativo, de como ocorrer esse dialogo. Mais uma vez PARABÉNS Folha do Povo.

Felipe Lopes

2 comentários:

  1. Cadê a independência? R: No "A Folha do Povo" é que não está!

    Tomara que esse jornal melhore depois dessas críticas.

    ResponderExcluir
  2. De fato, onde esta a indepência? Há muito que caminhar ainda, mas esperamos que estejamos colaborando para isso, juntos.
    A pergunta mais importante aqui é, qual o preço da ética profissional??
    .....

    ResponderExcluir