A edição de número 907 do jornal Novo Horizonte trouxe uma matéria intitulada “Urubus minam praças, ruas e frente de comércio”. A matéria relata a questão da quantidade de urubus que estão nas ruas da cidade devido ao aterro da lixeira pública, o que ocasionou a migração das para o centro de Parintins.
O autor da matéria responsabiliza os moradores pela ampliação dos urubus, pois ele identifica que a população não coloca o lixo doméstico na hora em que o carro coletor passa. É perceptível que isso aconteça, há muito moradores que não tem essa responsabilidade, mas o jornalista devia colocar na sua matéria que a maior causadora desse problema é a lixeira que a cidade possui.
O repórter usou apenas uma fonte para validar seu texto, usou a fala de uma funcionária da limpeza pública. O autor poderia ter usado também fontes da vigilância sanitária, de moradores onde o índice de urubus é grande, e deveria ter questionado as autoridades em relação a isso. Desta forma o leitor conseguiria ter um maior conhecimento sobre o tema.
Outro fato relevante é a palavra FLAGROU que o jornalista usa de forma indevida. “A reportagem do NH flagrou dezenas de urubus, na Avenida Nações Unidas se alimentando de restos de comida (...)”. É como se a população não pudesse ver diariamente essas cenas e a observação fosse exclusividade da reportagem do Novo Horizonte.
Para finalizar a notícia, o autor tenta explorar o que são os urubus, quais seus hábitos, suas características e ressalta que há cientistas se dedicando a descobrir os segredos da resistência dessas aves. Primeiro, já que ele não coloca de onde essas informações foram tiradas, qual a certeza que o leitor tem ao ler isso na matéria? Será verdade? Não se sabe. Outro ponto, é que o espaço que ele dedicou para falar sobre as aves poderia ter sido reservado para reafirmar os problemas sobre o lixo e conseqüentemente sobre os urubus.
As matérias com esse assunto são pertinentes para a população, mas elas devem ser mais desenvolvidas e problematizadas, confrontando falas de moradores, especialistas da área de saúde e também contemplando as necessárias cobranças à administração pública.
Yasmin Cardoso
Penso que vc não foi feliz ao afirmar em sua análise que a população não é causadora do grande fluxo de urubus nas ruas da cidade. Se a população não produzisse tanto lixo, tenho certeza em declarar que os urubus estariam nas ruas em menor quantidade. De onde vc é? Vc mora será em Parintins? P q parece q vc é recém chegada a cidade, pois não observa este aspecto.
ResponderExcluirVc cita que esse fator não é ocasionado pela população e sim pela falta de lixeira pública na cidade. Vc como estudante deveria saber muito bem que se a população não produzisse tanto lixo, talvez lixeira não seria necessária, pois haveria controle da produção de lixo. A culpa de tantos urubus nas ruas é de todos nós. Se cada um fizer sua parte, com certeza essa urubuzada vai diminuir.
ResponderExcluirCaro anônimo, o que a autora do texto quis ressaltar, e está claro em seu texto, é que culpabilizar a população por um problema tão estrutural como esse é uma forma velada de camuflar a responsabilidade do poder público para essa questão. Os urubus estão na cidade pois a lixeira pública fica próxima demais da comunidade. As soluções desse problema devem ser políticas, não individuais. Na sociedade do capital, tudo que consumimos torna-se lixo, são embalagens e mais embalagens, plástico, papel, alimentos... A solução apontada de fazer com que a população não produza lixo está fora de pauta. O que precisamos é de incentivo aos catadores de reciclados, e uma solução definitiva para a lixeira. E viva o urubu, sem ele a cidade inteira seria uma lixeira...
ResponderExcluirBellan
Não há como deixar de lado o fato de que produzimos muito lixo, em todo o Brasil muito lixo é produzido. Mas por que não é em todas as cidades que há tantos urubus?? Essa é a questão mostrada no texto, temos um problema com a lixeira e os urubus não são culpados. A quantidade enorme de urubus não vem simplesmente em função do lixo de quintal ou das ruas, mas da concentração dele na lixeira que é muito próxima da cidade.
ResponderExcluirSe cada um fizer sua parte, melhor de certo, mas se a lixeira estiver dentro da cidade dessa forma, não adianta.
Adoro quando o argumento se pauta na acusação de que a pessoa não conhece a cidade. Se o anônimo conhece tão bem a cidade poderia contabilizar o número de lixeiras públicas que existem nas ruas e praças da cidade? Eu, como forasteira, nunca vi uma lixeira em praça pública.
ResponderExcluirO que mais existe no perímetro urbano de Parintins é lixeira viciada... Caro professor vc é ciente de que não adianta fazer lixeira afastada da cidade p q o avanço da urbanização atinge logo, logo, ainda mais numa ilha como Parintins. Ressalto que temos que nos educar para melhorar os aspectos da cidade, senão, amanhã quem vier de fora para morar aqui vai pensar q Parintins não é a terra dos bumbás e sim dos urubus.
ResponderExcluirNo texto jornalístico o autor culpa a população e os urubus pela grande quantidade de lixo em Parintins, foi este fato que ressaltei. Acredito que os urubus não são os responsáveis, e também não isentei a população da culpabilidade,mas temos um problema visivel, a lixeira.
ResponderExcluirObrigada por estarem lendo os textos do LACRIMA.
Att, Yasmin Cardoso.