“Não é sem motivo que a reportagem desfruta de um lugar especial no conceito dos profissionais da mídia. Trata-se de um gênero completo. O mais apreciado, o mais nobre. Conjuga investigação, interpretação e qualidade de estilo (...). É notícia ampliada e contada em seus aspectos mais interessantes” (AMARAL, 2008, p, 45).
A edição do dia 23 de outubro do Jornal Repórter Parintins trouxe uma reportagem intitulada: “Filme teria estimulado assassinato”, a narrativa trata sobre um assassinato cruel que aconteceu no município. O autor desta fez uma construção interessante sobre o caso, ouviu várias fontes para validar seu texto, colocou alguns intertítulos para que a reportagem não ficasse tão cansativa e usou vários recursos jornalísticos (chapéu, linha de apoio, box) e também duas imagens - o que proporcionou ao leitor uma compreensão ampliada do acontecimento.
O repórter construiu seu texto sobre uma perspectiva humanizada, ou seja, tratou as fontes sem estereótipos. Sobre a humanização das fontes, Pereira Júnior (2006) afirma: “humanizar um relato tem um sentido mais amplo que tudo isso. É resistir à tentação de estandartizar ou de precipitar análise sobre uma pessoa (...). A humanização recupera uma profundidade diante das coisas e pode revelar um compromisso com o mundo” (p.100).
Apesar da construção da reportagem ter sido feita a partir de uma perspectiva informativa e das fontes terem sido humanizadas, ao longo do texto encontrou-se vários erros ortográficos, o que sinaliza falta de revisão. O autor também não disse qual o nome do filme que teria estimulado o assassinato e, na conclusão da reportagem, foi usado o depoimento de um sociólogo e de um psicólogo, o que desfavoreceu a reportagem no sentido de não haver uma conexão entre o texto e a fala das fontes. É uma prática constante nos textos dos impressos parintinenses o uso de citações sem critério, é como se as falas oficiais dessem ao texto uma finalização excepcional. Certo que a declaração dessas fontes é de importância, acreditamos que elas poderiam ter sido colocadas no box ou mesmo no ‘falando mais sobre o assunto’, quadro que o jornal possui.
Contudo, vale reiterar que o jornal trouxe em suas páginas uma reportagem, de fato proporcionando uma abordagem diferenciada e importante para os seus leitores.
PEREIRA JÚNIOR, Luiz Costa. A apuração da notícia; métodos de investigação na imprensa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2006.
AMARAL, Luiz. Jornalismo: matéria de primeira página, 6ª Ed. RJ: Tempo Brasileiro, 2008.
não gostei, podia ser melhor
ResponderExcluirtá muito obscuro não consigo entender direito vê se melhora da proxima vez abraços a todos do lacrima
Quero parabenizá-la pelo ensaio feito, a ensaísta conseguiu mesclar a teoria e a prática, apontou os erros e os acertos do jornal. Acredito que foi muito bem sucedida no ensaio. PARABÉNS!!
ResponderExcluirE parabéns a todos do LACRIMA pela coragem e ousadia!!
Cristina Almeida
Quero agradecer aos leitores do meu ensaio! Obrigada e acompanhem sempre o blog!
ResponderExcluirEnquanto ao leitor anônimo, pode deixar da próxima vez eu vou tentar fazer um "texto menos obscuro"para atender seu pedido, querido(a).
E Cristina Almeida, obrigada pelos elogios!
Yasmin Cardoso