O jornal Gazeta Parintins, edição nº 25 do dia 12 de março, trouxe a notícia intitulada “Jovem assassinado na madrugada de sábado”. Na capa do jornal foram utilizadas duas imagens da vítima. A primeira foto é uma 3x4cm e a segunda mostra o corpo da vitima no IML, sendo um recurso buscando a atenção do leitor. Podemos atribui a utilização das fotos e o título da matéria “Jovem assassinado na noite de Sábado” ao chamado sensacionalismo. Este se refere às ações e narrativas que procuram provocar sensações no receptor.
Na matéria, são usadas como fontes a mãe da vítima, Claúdia Inês dos Santos e o Delegado Ivo Cunha. No segundo parágrafo da notícia é apresentada a citação do delegado detalhando o caso e em seguida, no terceiro parágrafo, é colocada a fala da mãe da vítima, uma citação extensa que o autor divide em dois parágrafos, usando-se a mesma fonte. Como nenhum comentário é elaborado após a citação, acredita-se que o responsável pela composição da notícia não procurou mais fontes, fazendo o uso de dois depoimentos de uma mesma entrevista. Ou não possuía mais argumentos para introduzir novas informações na notícia.
No segundo parágrafo o autor afirma que “homicidas confessaram o crime e todos são maiores de idade”, não há necessidade de informar que os mesmos eram maiores de idade, pois não é um fato relevante neste caso. Fica suposto que há uma tendência de menores infratores na cidade, algo não documentado em nenhum local.
Na notícia são usados também termos como “tórax (região do pulmão esquerdo, explicada na matéria)” e outros termos como “necropsia” e “choque hipovolêmico”, mas que não foram oferecidos seus significados como no primeiro termo usado. No último parágrafo, o texto diz “a vítima morreu após choque térmico, uma perda grande sanguínea”, novamente o autor poderia ter utilizado os parênteses “()” para explica o significado do termo “choque hipovolêmico”, facilitando o entendimento do leitor sobre o assunto.
Kamila Souza
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