quarta-feira, 9 de março de 2011

Falou-se muito, mas nada foi dito



            Uma matéria do jornal Parintins Repórter do dia 5 de dezembro de 2010 trata da derrubada de castanheiras para a construção do conjunto habitacional Vila Cristina, na comunidade do Macurani. A notícia elaborada por Neudson Corrêa é um tanto quanto superficial e tardia, tendo em vista que essa questão vem se arrastando há muito tempo e só agora o jornal deu a devida dimensão a um assunto tão importante.
            A matéria intitulada “Casas se erguem, centenárias castanheiras tombam” faz uma cobertura (ao que parece) atrasada sobre a derrubada de castanheiras de mais de cem anos para a construção do complexo habitacional Vila Cristina, de responsabilidade da N.V. Construção. De forma um pouco rápida, o jornal aborda esse assunto, que de certa forma é de interesse publico, pois a derrubada dessas árvores acarretará a elevação da temperatura (que já é alta) na cidade de Parintins, como se isso fosse um fato corriqueiro de nossa cidade.
            Apesar de ter sido bem escrita, a matéria tem expressões - que não somente nessa, mas em outras (principalmente nas de Neuson Corrêa) – são desconhecidas pelo grande público. Por exemplo: o que é um triangulo equilátero? Será que o p[ublico consegue dimensionar essa informação? Além do fato de que não se usa mais o trema em palavras da língua portuguesa...
            Um fato de grande importância não foi mencionado na matéria: a área onde esta sendo construído o conjunto habitacional é (segundo consta) de preservação, existindo até uma nascente (olho d’agua) que seria contaminada pelas fossas das casas.
            Enfim, uma matéria que não esclarece muita coisa, pois tudo que foi abordado já era de conhecimento do público, e até talvez do grande público. Mas o que mais deixou a desejar foi a falta de informações sobre o que existia antes da construção do conjunto habitacional Vila Cristina. Será que só existiam castanheiras no local? Se depender somente dessa matéria do jornal Repórter Parintins, continuaremos sem saber.

Erik Bitencourt Ribeiro

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