Nas edições de 05
e 06 de fevereiro, o Jornal Alvorada no objetivo de construir a
Parintins de nossos sonhos, veiculou seu jornal sem mostrar uma
importante notícia e preenchendo o tempo do jornal com notícias sem
critério e sem importância social.
Primeiramente
lembremos que a não veiculação da notícia pode ter se dado ao
fato de o Sistema Alvorada de Comunicação ter assinado um contrato, que envolve aportes financeiros, com a administração municipal.
A informação não
veiculada é a denuncia do engenheiro eletrônico Paulo Teixeira de
que os contratos de serviços e compra de materiais para a realização
do carnaval estão sendo feitos sem licitações públicas.
A denúncia foi
feita informalmente pelo engenheiro na noite do dia 1 durante reunião
no Gabinete de gestão integrada de segurança pública (GGI). De
forma oficial a denuncia fora feita no ministério público na manhã
do dia 4, sendo que o Jornal Alvorada foi veiculado nos dias 5 e 6.
O jornal veiculou no
dia 5 uma reportagem mostrando como estão os preparativos para o
carnaval sem trazer notícia de fato, apenas informações clichê
tais
quais os bons e velhos “estamos ansiosos”; “será uma grande
festa”; “vamos dar o máximo esse ano” e etc. A reportagem
mostrou ainda que está tudo certo e pronto para a festa, tudo muito
feliz. No dia 6 a mesma reportagem foi ao ar. Nessa mesma edição,
ainda, outra reportagem sobre o carnaval foi veiculada, mostrando de
outra forma um carnaval feliz e sem problemas.
De forma
interessante e diferente, o jornal local das onze horas, veiculado no
dia 5 pela TV Parintins (Globo) fez a mesma reportagem sobre os
preparativos para o carnaval. Mas diferentemente, deu ênfase ao fato
da pouca estrutura e condições de trabalhos nos barracões dos
blocos, pois pouquíssimos tem sequer espaço coberto para trabalhar.
Esse clichê
de
cidade dos sonhos foi escolhido pela TV Alvorada, no dia 5, junto a
matérias como a informação “em primeira mão” da divulgação
da segunda
lista de repescagem do vestibular da UEA, com mais de 1 minuto e 30
segundos, informação muito quente (ou não); a passagem dos agentes
de saúde que estão averiguando sobre a dengue, coisa que às 8
horas da manhã já sabíamos visto que as visitas são feitas pela
manhã; a notícia de um possível assassinato sem resolução; e por
fim uma notícia sobre o conselho tutelar e a decisão de não deixar
menores se apresentarem no carnailha, informação já publicada nas
edições da semana que passou.
Novamente o Jornal
Alvorada da TV repete uma matéria no dia 6. A matéria sobre a
dengue, veiculada no dia anterior, é repetida na integra, inclusive
com a mesma entrevista.
Tais notícias,
segundo o critério do Sistema Alvorada, são mais importantes que um
denuncia no ministério público e uma possível improbidade
administrativa. Um denuncia tão desimportante que perdeu espaço
para notícias repetidas e não foi veiculada nem com atraso.
Helder Mourão
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