Publicada no dia 2 de fevereiro, no jornal Plantão Popular, a
matéria intitulada “Matou ex-companheiro para se livrar de
agressão” trata de um homicídio com uma perspectiva diferenciada.
Ao invés de criminalizar a autora do crime, a notícia traz à tona
os fatores para que ela desferisse três facadas no seu ex-marido.
A matéria evidencia que a autora do crime procurou a polícia
diversas vezes para denunciar seu ex-companheiro por agressão
física. Porém, nas diversas vezes que ela procurou a delegacia,
nenhuma medida concreta foi tomada. O texto explicita essa falta de
interesse da polícia em resolver o caso, o que acaba
descaracterizando a mulher como criminosa. Ela adquire, assim,
caráter de vítima, tendo em vista que agiu por legítima defesa.
É inevitável ler o texto e não se perguntar por qual razão as
medidas não foram tomadas para que não ocorresse o homicídio, e
por que, apesar de todo o apelo da mulher, a polícia não procurou
meios para que não houvesse a reaproximação dos dois. Nota-se que
o enquadramento dado à notícia põe em xeque o trabalho realizado
pela delegacia de mulheres, pois mostra que o assassinato só ocorreu
pelo fato de a polícia não dar importância às denúncias de
agressões que a mulher fez. Esse aspecto, contudo, merece maior
amplitude nos jornais da cidade, e no próprio Plantão.
Daniel Sicsú
Bom li alguns artigos do blog, gostei dessa abordagem sobre as matérias publicadas e sei que vocês sabem muito bem o que estão fazendo. Espero que melhorem cada vez mais. Tenham somente o cuidado de continuar com a analise, e evitar acusar. Que é o que vocês ja fazem. Estão de parabens.
ResponderExcluirPrimeiramente muito obrigado pelo comentário e pela compreensão que poucos tem tido. Justamente por isso gostaria de saber o que vc entender por acusar, já que estamos fazendo isso, pois precisamos desse feedback para nos autoavaliarmos. Obrigado.
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