O Novo Horizonte na edição de
n°967 apresentou uma matéria intitulada “Males do estômago
enchem hospitais”. A notícia trata do grande número de pessoas
que procuram as
unidades de saúde apresentando sintomas de doenças
estomacais, congestionando os corredores de algumas unidades. Outra
informação é que a causa das doenças dos pacientes “pode estar
relacionada a falta de higiene, visto que a água na cidade é
relativamente de boa qualidade”.
Esta informação foi dada por Romualdo de Castro, um médico que
atende no Hospital Padre Colombo. Este, foi a única fonte ouvida.
Um fator que poderia ser questionado e apurado pelo repórter é a
qualidade da água e dos serviços prestados pela fornecedora, assim
como esgoto a céu aberto, a falta de saneamento básico e até as
chuvas torrenciais na região, que levando em conta as outras
precariedades já citadas, vem a aumentar os riscos de pessoas
contraírem doenças pela água. A notícia se voltou apenas para a
opinião do médico. Usuários da saúde pública deveriam ser
ouvidos afim de expressarem suas opiniões a respeito dos serviços
públicos e da qualidade da água em Parintins, assim como
especialistas na área poderiam ser entrevistados. Uma angulação
mais abrangente teria mais fundamentação e daria mais valor a
própria população que no texto aparece como não tendo higiene e
está contraindo doenças estomacais em virtude disso.
O exagero de períodos curtos no primeiro parágrafo do texto podiam
ser sintetizados em frases mais longas e melhor arrumadas. Nota-se
também a ausência de acentos em algumas palavras.
O jornalista deve prezar pela melhor
informação ao seu público, principalmente quando esta se trata de
interesse da população em geral, como na notícia do Novo
Horizonte. O papel social da profissão influencia não só a
qualidade do material jornalístico mas também pode levantar
questões sociais afim de que a cidade seja melhor para todos.
Gustavo Saunier
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