Na edição do dia 14 de fevereiro o jornal Plantão Popular publicou uma matéria intitulada “Comandante da PM aponta tranquilidade no carnaval”. Quatro dias depois o jornal Gazeta Parintins divulga uma notícia com a manchete “Trinta e oito ocorrências registradas no Carnailha 2013”.
No jornal Plantão Popular, no primeiro parágrafo da notícia
consta: “Para Valadares, as ocorrências foram mínimas em relação à
grandiosidade do evento carnavalesco” e durante toda a matéria é relatado
somente pontos positivos da segurança durante todo o evento e no restante da cidade,
sempre dando voz a fonte.
Já no jornal Gazeta Parintins, no primeiro parágrafo consta:
“No total foram atendidas 38 ocorrências, 5 por desordem, 6 por agressão
física, 3 lesão corporal, 2 posse de entorpecente, 5 desacato, 2 porte de arma
branca, 2 ameaça, 11 por outras situações”. Porém, logo depois destas
informações, no segundo parágrafo, o comandante fala: “Tivemos bom êxito na
segurança do Carnailha 2013, mais de 250 profissionais empenhados neste evento
e com certeza já serve de teste para o Festival”.
Desse modo, percebe-se que o jornal Plantão Popular foi mais
fiel a fonte do que o jornal Gazeta, pois este último mostra dados
quantitativos das ocorrências no carnaval de forma alegórica, ao passo que a
própria fonte consultada desconstrói este discurso, o que torna a notícia
confusa para o entendimento do leitor. Afinal, diante destas informações
contraditórias, o carnaval foi ou não trânquilo?!
Outro fator observado é quando o jornal Plantão Popular cita
a fala de Valadares: “O carnaval de Parintins foi o mais tranquilo do interior
do Amazonas”. Neste sentido essa informação não tem muita relevância, pois se
trata de um informe solto e sem fundamento.
Além disso, seria interessante se o jornalista apurasse sobre
esta “tranquilidade” comparada aos outros anos do carnaval e não aos outros
municípios, pois assim seria possível do leitor ter uma noção concreta se essas
38 ocorrências tornaram ou não o carnaval de 2013
tranquilo.
Hanne
Caldas
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