segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O amor não previne AIDS e o desejo não é sua causa

imagem por Andreas Smetana



Na edição nº 908, referente à semana de 3 a 9 de dezembro de 2011, o jornal Novo Horizonte trouxe como chamada principal de capa a notícia intitulada “250 Casos de AIDS em Parintins”. Logo, o editorial desta edição também foi voltado para a temática da doença e sua proliferação no município, o qual estava intitulado “AIDS”, escrito em cor branca numa faixa preta e logo abaixo escrito “Vergonha, medo, preconceito...”.
De fato, trata-se de uma abordagem importante sobre o tema, pois explicita alguns dos fatores como o preconceito, a incerteza, a vergonha etc., que ainda pesam sobre os cidadãos parintinenses para fazerem os exames e até mesmo conviverem com a doença.
Por outro lado, o jornal apresenta um trecho que diz: “É preciso cuidado! Uma relação sexual não é algo fruto simplesmente do desejo. Não é um momento feito, unicamente, para o prazer. É algo que se constrói a dois, que se faz com confiança e segurança”.
Nestas palavras consta uma ideia que está implícita, a ideologia cristã, pois sugere juízo defensor de que o sexo, quando é feito entre duas pessoas que se amam, estas estão livres de contrair a Aids ou qualquer outra DST. E que essas doenças só estão no âmbito da libertinagem, como se fosse um modo de Deus punir essas criaturas que não querem nada sério com ninguém, mas apenas o prazer.
Outra colocação é o fato do sexo ser construído a dois e feito com confiança e segurança, pois o jornal há de refletir também que nunca esteve e nunca vai estar escrito na testa de ninguém se a pessoa é ou não portadora de uma DST e, portanto, no momento do afã sexual poucas são as pessoas que param para pensar nas consequências, mas querem a satisfação, o prazer sexual.
Além do editorial, há também a chamada de capa que é uma notícia presente na editoria Cidade, p. 7, intitulada “Parintins tem 250 casos positivos de HIV”. A notícia em seu contexto está bem desenvolvida, pois traz dados importantes para informar e situar o leitor, como números de casos positivos de HIV na cidade, os fatores que inibem os cidadãos a fazerem o exame, onde fazê-lo etc. Porém, durante toda a leitura, em nenhum momento, é explicitado de onde foram retirados os dados apresentados na matéria, fato este que repassa incerteza ao leitor quanto à credibilidade das informações.

Hanne Caldas

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Título sem dono e um equívoco


A edição nº 81 de 11 de dezembro do jornal Repórter Parintins traz a primeira página da editoria Cidade dedicada ao tema Aids, com uma notícia intitulada ““Parintins está vivendo o momento de Aids””.
Trata-se de uma notícia que transmite informações sobre a proliferação dos casos de Aids na cidade de Parintins nos últimos onze anos. Além disso, traz informações também sobre o dia 1º de dezembro, classificado como Dia Mundial Contra o Vírus HIV-Aids.
Mas, dentro de todo o contexto da notícia, observa-se uma falha, que é a falta de indicação de quem pronunciou o título (“Parintins está vivendo o momento de Aids”), o qual vale lembrar está escrito entre aspas, o que caracteriza uma citação de alguém. Somente depois de ler o terceiro parágrafo da notícia é que se descobre quem falou a frase explícita no título inicial, a enfermeira Ivanira Pimentel, da Casa Padre Vitorio Giurin, responsável pelo tratamento da doença em Parintins.
Portanto, é importante que o jornal, toda vez que trouxer títulos entre aspas identifique logo os autores das falas. Assim, com certeza, passará mais confiança ao leitor e alcançará maior credibilidade nas informações prestadas.
Outro dado que consta na notícia é uma tabela que traz informações sobre “Pessoas infectadas em Parintins (HIV)” e “Pessoas mortas em Parintins (Aids)”. No mesmo quadro, logo abaixo o jornal mostra uma outra tabela denominada “Infectados no Brasil, entre  1980 a 2011, de 15 a 24 anos”. E após esta última tabela vem a legenda “TABELA Mostra o quadro da Aids em Parintins em onze anos”, isto é, tudo indica que esta legenda encontra-se posicionada no lugar errado, pois ela corresponde a primeira e não à última tabela de informações. Ou seja, o que mostra mais uma vez que houve a troca de informações e isso faz com que o leitor fique confuso ou até mesmo obtenha informações equivocadas.

Hanne Caldas

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Politica pública não é presente




“A comunicação está no âmago da atividade prática coletiva, da produção social do conhecimento que emana dessa atividade e, ao mesmo tempo, a pressupõe. Portanto, está no âmago da produção histórica da sociedade e da autoprodução humana” (GENRO FILHO, 1987. p.126).


A edição de 27 de Novembro do Jornal da Ilha e a de 26 de Novembro a 2 de Dezembro do Novo Horizonte, trouxeram, ambas, uma mesma notícia com um enquadramento tendencioso e contraditório.
No Jornal da Ilha, a notícia intitula-se “Centro de Costura Dona Cota: Um presente para as futuras gerações”. No Novo Horizonte, a notícia traz o título “Um presente para as futuras gerações” e põe como chapéu[1]: “Centro de Costura Dona Cota”. Esse chapéu vem com as palavras em branco, com o fundo preto e, como Rafael Silva (1985) nos mostra, “O branco sobre o preto exprime um efeito negativo”. Um evidente problema de diagramação na tentativa de embelezar a notícia.
Claramente vemos que o jornal passa a ideia de que a obra é um presente, algo que traz enorme problema para o entendimento dos leitores, pois se trata de uma politica pública que, no mínimo, deve ser vista como uma obrigação da administração pública. As obras do poder público não são presentes, nem favores. Cada obra é fruto da arrecadação de impostos que devem ser aplicados às necessidades da população. Disso tiramos que: ou os jornais tem atrelamento com o poder público e fizeram essa propaganda de propósito ou foi um erro de compreensão da questão ao fazer a notícia. Gostaria da resposta dos jornais sobre essa pergunta, aqui no blog, em nossos comentários.
Outro ponto que deve ser tratado é que ambos os jornais publicaram a mesma notícia e, no Novo Horizonte, com alguns cortes em função do espaço. O NH deixou claro que a notícia é de autoria da Assessoria de Comunicação da prefeitura, já o Jornal da Ilha não o fez, passando a ideia de que a notícia do Jornal da Ilha foi feita pelo próprio jornal. O problema é que a Assessoria de Comunicação tem o claro e explicito objetivo de fazer a propaganda da prefeitura e com isso a notícia fica, no mínimo, duvidosa e apurada para esse intuito, a divulgação apologética.
Mas, não é por dizer que a notícia é da Assessoria de Comunicação que o NH se salva disso, vamos ver por que.


A função do release
Na comunicação e no jornalismo, existe o que chamamos de release. O release é um texto feito sobre os moldes de um texto jornalístico, mas com uma diferença básica: é feito por profissionais de uma empresa e fala sobre a firma. Lorenzon e Mawakdiye dizem que “O release (...) agrega valor às notícias e ao atendimento, ajuda a construir a imagem do cliente (empresa ou pessoa) e a criar fontes confiáveis e especializadas.” (2002, p.38).
Com isso percebemos que o objetivo do release é construir a imagem de seu cliente, o que sempre ocorrerá para o lado bom da coisa, em um release meu, por exemplo, vocês nunca vão ver informações ruins sobre o Lacrima, é lógico.
Aí dizem, “vocês do Lacrima só criticam a gente e nunca dão sugestões.”. SUGESTÃO: Releases devem ser lidos e usados como pontapé inicial para o jornalista ir atrás da notícia. Se o jornalista tem o papel de informar o público e mostrar os diversos lados da questão, atribuindo a importância na notícia de acordo com a necessidade do leitor, o release é a informação que tem sua importância não para o público, mas para sua empresa.
Deixo a análise do texto da notícia para nossos leitores, que podem comentar aqui depois.

Helder Mourão


REFERENCIAS:
SILVA, Rafael Souza. Diagramação: O Planejamento Visual Gráfico na Comunicação Impressa. São Paulo, Summus. 1985.
LORENZO, Gilberto; MAWAKDIYE, Alberto. Manual de Assessoria de Imprensa: Campos do Jordão: ed. Mantiqueira, 2002.


[1] Duas ou três palavras que identifiquem de modo geral o tema da notícia.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Conta aí, vigia!



A Edição de 11 de dezembro de 2011 do jornal “Acrítica” traz uma notícia intitulada “Ruas bloqueadas”. A reportagem tenta mostrar ao leitor a proliferação de “condomínios forçados” em Manaus e ao mesmo tempo aponta dados de uma possível redução da criminalidade por conta disso.
Inicialmente a reportagem dá ênfase à quantidade de ruas em Manaus que estão sendo tomadas por correntes, cancelas e guaritas de segurança particular (vigias), tudo isso como reflexo da sensação de insegurança e do medo de assaltos por parte dos moradores.
Contudo, ao visitar os conjuntos Jardim Sakura, Jardim Oriente e Flamboyant, locais em que se encontra esse tipo de situação, a principal fonte usada para comprovar a redução da criminalidade nos “condomínios forçados” foram os vigias, que logicamente disseram não haver NENHUM assalto nos respectivos conjuntos.  Cá entre nós, estranho seria se os próprios vigias dissessem que durante seu período de trabalho tinham sido assaltadas trinta ou quarenta casas não é?
O ideal seria que Florêncio Mesquita (responsável pela matéria) usasse os moradores dos conjuntos citados acima como a principal fonte de pesquisa, para só assim, então, afirmar uma possível redução na criminalidade. Dados como estes apresentados na matéria, causam desconfiança por parte do leitor e podem com certeza influenciar a veracidade dos fatos.
Enfim, o que se pede ao jornal é mais credibilidade nos dados repassados ao leitor, com informações concretas, claras e o mais confiáveis possíveis.

Indira Santos (especial para o Lacrima)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Mocinho ou bandido?


"'Não cometi esses absurdos', diz João Pontes".  Esse é o título da matéria sobre o retorno de João Nascimento Pontes apresentado pelo Jornal Novo Horizonte na edição de 19 a 25 de novembro. O texto que deveria cumprir com o dever de informar o público sobre o ocorrido, traz um relato dramático do que viveu o parlamentar e sem muitas informações relevantes ao público.
  O lide (primeiro parágrafo do texto jornalístico que sintetiza o fato) informa que o vereador volta à Câmara Municipal de Parintins por determinação da Justiça. Este poderia ser o enfoque da matéria. No entanto apenas isso apresentado, o texto segue com o relato do que João Bacu, como é conhecido, viveu durante os 567 dias que esteve preso e a emoção que sentiu ao ser posto em liberdade.
A legenda da foto do vereador, que ilustra o texto, corresponde a uma fala do próprio parlamentar: "'Tudo suportei e não revidei a nada. Tinha a certeza e tenho que não cometi esses absurdos', disse João Bacu". A legenda assim como toda matéria induz o leitor a perceber o protagonista (João Bacu) como o mocinho da história, injustiçado e perseguido desde o começo da trama, mas que agora por ser paciente, acreditar na justiça e por esperar, é recompensado com a liberdade.
Na semana seguinte (edição do dia 26 e novembro a 02 de dezembro) o mesmo jornal trouxe a matéria: "Liberdade de João Pontes é equivocada, diz MP". Nesse caso o assunto é o pedido de revisão feito pelo Ministério Público (MP) em relação a decisão que pôs o vereador em liberdade. No texto o repórter esclarece de forma satisfatória sobre o andamento do processo e retoma fatos que ocorreram desde a prisão de João Bacu. A fonte apresentada é o promotor André Seffair.
A pergunta é: por que não abordar o assunto em um só texto? Quanto ao uso das fontes, porque foram tratadas separadamente? O público do jornal ganharia mais se existisse o comprometimento em confrontar as informações colhidas com as fontes. Percebe-se que cada matéria conta com apenas uma fonte, dando a entender que o informativo se preocupa mais com os interesses de quem está sendo retratado no texto do que com o que seria relevante ao leitor.

Lacrima

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Urubus: culpados!


A edição de número 907 do jornal Novo Horizonte trouxe uma matéria intitulada “Urubus minam praças, ruas e frente de comércio”. A matéria relata a questão da quantidade de urubus que estão nas ruas da cidade devido ao aterro da lixeira pública, o que ocasionou a migração das para o centro de Parintins.
O autor da matéria responsabiliza os moradores pela ampliação dos urubus, pois ele identifica que a população não coloca o lixo doméstico na hora em que o carro coletor passa. É perceptível que isso aconteça, há muito moradores que não tem essa responsabilidade, mas o jornalista devia colocar na sua matéria que a maior causadora desse problema é a lixeira que a cidade possui.
O repórter usou apenas uma fonte para validar seu texto, usou a fala de uma funcionária da limpeza pública. O autor poderia ter usado também fontes da vigilância sanitária, de moradores onde o índice de urubus é grande, e deveria ter questionado as autoridades em relação a isso. Desta forma o leitor conseguiria ter um maior conhecimento sobre o tema.
Outro fato relevante é a palavra FLAGROU que o jornalista usa de forma indevida. “A reportagem do NH flagrou dezenas de urubus, na Avenida Nações Unidas se alimentando de restos de comida (...)”. É como se a população não pudesse ver diariamente essas cenas e a observação fosse exclusividade da reportagem do Novo Horizonte.
Para finalizar a notícia, o autor tenta explorar o que são os urubus, quais seus hábitos, suas características e ressalta que há cientistas se dedicando a descobrir os segredos da resistência dessas aves. Primeiro, já que ele não coloca de onde essas informações foram tiradas, qual a certeza que o leitor tem ao ler isso na matéria? Será verdade? Não se sabe. Outro ponto, é que o espaço que ele dedicou para falar sobre as aves poderia ter sido reservado para reafirmar os problemas sobre o lixo e conseqüentemente sobre os urubus.
As matérias com esse assunto são pertinentes para a população, mas elas devem ser mais desenvolvidas e problematizadas, confrontando falas de moradores, especialistas da área de saúde e também contemplando as necessárias cobranças à administração pública.

Yasmin Cardoso

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Cadê a fundamentação?

Os cavalos são os novos vilões do trânsito


Na edição nº 907, referente à semana de 26 de novembro a 2 de dezembro de 2011, o jornal Novo Horizonte trouxe como matéria principal na editoria Cidade, p. 7, uma notícia intitulada “Animais nas ruas e o risco à segurança no trânsito”. O assunto abordado na notícia é relevante e realmente precisa ser encontrada uma solução para a problemática em questão.
Por outro lado, o modo como a notícia está narrada carece de argumentos, pois o autor somente expõe que a municipalização do trânsito precisará resolver os problema da presença dos animais nas ruas e faz autopropaganda, de forma indireta, da mídia que está circulando a informação.
No segundo parágrafo da notícia, o autor descreve: “(...) É comum encontrar cachorros, gatos, cavalos e bois nas ruas. Por entre pessoas nas ruas de grande movimento esses animais oferecem perigo.” Realmente, esta é a realidade vivenciada pelos condutores de trânsito na Ilha, mas deve-se perceber que gatos e cachorros, além de não serem animais de grande porte, também não são algo que se possa controlar de forma direta. Até mesmo a reprodução desses animais, os quais boa parte vivem pelas ruas, não pode ser administrada.
Já os de grande porte, como cavalos e bois, que diariamente são vistos pelas ruas, realmente oferecem perigo a sociedade em geral, mas é preciso analisar também que muitas pessoas dependem desses animais de forma utilitária, como o cavalo para trabalhar. Além disso, existe uma realidade local que também vive da criação de gado, e muitas vezes precisa fazer a “passagem” destes em busca de outros terrenos e pastagens.
Além disso, o autor cita também que estes animais já causaram diversos acidentes fatais com pais de famílias, o que demonstra uma tentativa de sensibilizar os leitores e a sociedade em geral, pois sem dúvida não foram somente pessoas desse gênero a passar por esses tipos de acidentes.
Portanto, pode-se avaliar que o assunto é relevante, só que a notícia poderia explorar mais essa realidade. O autor poderia ter procurado apresentar fontes que confirmassem as informações que constam no texto, como por exemplo, alguém que explicasse a estratégia do plano de municipalização para retirar estes animais das ruas, de forma que não prejudique ninguém. Ele também poderia ouvir pessoas da sociedade que já acompanharam a situação de vítimas de  acidentes com esses animais, que estivessem dispostas a opinar sobre o assunto.

Hanne Caldas

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Confusão de termos


O Jornal da Ilha, na edição de 20 de novembro, estreou uma nova seção, escrita pelo presidente da Associação Parintinense de Cinema – APINCINE, Harald Dinelly. A crítica ou resenha de cinema é um gênero do jornalismo opinativo e está dentro da vertente do jornalismo cultural.
Para começar temos a seguinte frase: “... estaremos trazendo a você amante de cinema a análise de um filme, seja ele lançamento ou filme ‘Cult’”. Aqui há uma confusão de termos, pois se entende pela leitura do texto que lançamento é o contrario de cult. Mas o termo Cult, para o cinema, caracteriza os filmes que apostam em sua linguagem, buscando inovações e comumente roteiros originais, o que muitas vezes faz com que os Cult’s sejam filmes de baixo custo.
O texto destaca-se por não esquecer duas fundamentais características da crítica de cinema, a sinopse (denominada “história” no jornal) e a ficha técnica, mas peca na análise por esquecer-se de relatar que o filme analisado, “Comer, rezar, amar”, foi baseado em um livro de Elizabeth Gilbert, de mesmo nome e adaptado para o cinema.
Em sua avaliação, propriamente dita, há algumas falhas e ausência de informações básicas, pois não é dito que o livro é um relato de vida da autora, como um capítulo de uma biografia, mas com o nome de Liz Gilbert, praticamente seu nome, Elizabeth Gilbert.
A avaliação é técnica demais para um leitor sem os conhecimentos da linguagem e dos jargões do cinema e é muito vazia, pois, por exemplo, o escritor diz que é “um filme com ótima fotografia”. Essa fotografia, não é a fotografia que conhecemos, trata-se dos princípios da fotografia aplicados ao cinema, já que o primeiro é estático e o segundo tem movimento. Apenas dizer que a fotografia é ótima, não é análise e nem crítica, pois não dá fundamentos para dizer o que é ótimo nessa fotografia.
Outras colocações não são fundamentadas e ficam no simples ponto de vista do escritor como, “grandes atuações e trilha sonora inesquecível”. O mais viável seria mostrar o porquê de ser uma grande atuação e da trilha sonora ser inesquecível, mostrando isso com partes do filme e fundamentando.
No desenrolar, a única colocação que realmente tem tom de crítica, mas que faltou aprofundamento foi neste trecho: “ Não gostei quando retrataram como costume dos Brasileiros beijar os filhos (já adultos) na boca”, em que não foi explicado o porque de não gostar.
No mais, alguns erros ortográficos e gramáticos, mas é bom ver uma seção sobre cinema nos periódicos locais, pois aguça ainda mais os parintinenses que tem mostrado ter gosto e talento por ele.

Helder Mourão

sábado, 26 de novembro de 2011

Quem falou?

Foto de Fábio Kahn

A edição do periódico Plantão Popular do dia 08 de novembro, terça-feira, traz a matéria "Extrator de madeira mata autônomo a terçadadas". O texto consegue esclarecer de maneira satisfatória o leitor sobre o fato. Trata-se do assassinato ocorrido na Comunidade de São Tomé, na região do Rio Uaicurapá, em que o autônomo Denilson Nascimento Norannha foi morto a golpes de terçadadas por João Victor.
As fontes principais foram a 3ª Delegacia Regional de Polícia e Aldenor dos Santos Araújo, primo da vítima. O repórter conseguiu utilizar as informações das fontes para redigir um bom texto. No entanto, há uma citação entre aspas que causa confusão na leitura: "Ele marcou comigo. A desgraça tá feita, pode chamar a polícia e não fala muito não, vai logo, sai fora, se não vou fazer o mesmo contigo...". Esse é o relato que o acusado fez ao primo da vítima após o crime. O problema é que o repórter não ouviu essa fala diretamente do acusado, mas de uma de suas fontes.
João Victor estava foragido e essas foram as palavras que disse ao primo. O problema está no uso de aspas.  É preciso ter cuidado ao utilizar esse recurso, pois sugere uma informação obtida direto da fonte e no caso desse texto foi adquirida por outra pessoa. Que certeza podemos ter de que o pronunciamento de fato ocorreu?
Se o jornalista não entrevistou diretamente a fonte, não tem sentido a utilização de aspas. Nesse caso é necessário um cuidado por parte do repórter quando e como apresentar as declarações dos entrevistados.

Karine Nunes

terça-feira, 22 de novembro de 2011

O lixo de Parintins com toques alemães



O Jornal Novo Horizonte trouxe em sua edição da semana de 5 a 11 de novembro uma matéria intitulada: “Lixo e esgoto sanitário terão tratamento especial”. A matéria trata sobre as melhorias que Parintins receberá relacionadas ao sistema de esgoto e de coleta do lixo. O município só recebeu esse prêmio porque está entre as 300 cidades mais dinâmicas do mundo. Relata também sobre a ida do prefeito à Alemanha para discutir ações voltadas para o meio ambiente e afirma que o projeto que será implantado em Parintins é similar ao desenvolvido na Alemanha.
Ultimamente, a maioria dos jornais da cidade vem trazendo a informação que Parintins é uma das cidades mais dinâmicas do mundo, cabe relatar que em nenhum deles vem explicando o porquê dessa nomenclatura. Os jornalistas deveriam apurar e apontar fatores que fizeram Parintins receber essa nomeação para que isso fique claro para os leitores, não restando dúvidas sobre o assunto.
Outro ponto importante é o esclarecimento de como é feito o tratamento do lixo na Alemanha, se o projeto que contempla Parintins é igual ao deles, não seria importante colocar na matéria como é feito na Alemanha? Creio que os leitores do NH não saibam como funciona o processo de tratamento do lixo alemão.
Cabe ressaltar, que o autor usou apenas uma fonte, que foi o prefeito falando sobre o projeto que virá para a cidade. Seria fundamental a consulta de outras fontes, com o intuito de esclarecer para os seus leitores outras dimensões do fato.
A população de Parintins espera há anos que se resolva o problema do lixo e do esgoto. É um tema de grande relevância e que deveria ser discutido e pautado de maneira mais esclarecedora. E a matéria é finalizada com uma fala oficial que diz: “Esse sistema é feito com sucesso na Alemanha e creio que dará certo também em Parintins”. Parintins e Alemanha agora são iguais? Não se ponderou aqui a ideia de que são contextos totalmente diferentes? Uma discussão maior poderia ter sido feita, apontar como funciona a coleta lá e contrapor com a nossa realidade.
A matéria transformou a miséria e o descaso em LUXO! Converteu em espetáculo o problema dos parintinenses, pelo simples motivo do lixo da Ilha de Parintins ganhar reforma vinda diretamente e especialmente da ALEMANHA! Quero enfatizar ainda, que toda essa reforma que será feita só acontecerá porque a cidade é DINÂMICA! Falta explicar e debater mais profundamente esses conceitos, caso o objetivo do jornal seja uma cobertura jornalística mais séria.

Lacrima

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Pseudonotícia

Comerciantes ou jornalistas? Foto de Walker Evans

Na edição nº 198 de terça-feira, 01 de novembro de 2011, o jornal Plantão Popular trouxe uma pseudonotícia intitulada “Loja lança rabeta turbo” que apresenta o mais novo produto lançado pela loja Santo Antônio.
Acima do título, o jornal utiliza o recurso do chapéu intitulado “Santo Antônio”, recurso que deveria servir para situar o leitor, sendo uma forma de informação complementar.
Mas o que é perceptível após a leitura da matéria, é que não se trata de uma notícia, e sim de uma publicidade de forma escrita e detalhada, promovendo o novo motor rabeta lançado pela loja.
Esta atitude tomada pelo jornal de utilizar o formato de notícia para fazer publicidade não é a melhor forma de ganhar credibilidade, pois o leitor pode acabar ficando confuso sobre o que é notícia e o que é propaganda de produtos, o que caracteriza-se como um descompromisso com o público. O leitor, sem ter o conhecimento técnico do fazer jornalístico, acaba nem percebendo esse disfarce de informe publicitário em notícia jornalística.
Portanto, esta não foi uma boa sacada para chamar a atenção do leitor, pois a discordância de modelos postos sempre abala a credibilidade de um jornal. E vale ressaltar que para que não ocorra mais estes tipos de discordâncias, é válido recomendar para as edições posteriores que se coloque, pelo menos, no local do chapéu a palavra Publicidades para que o público saiba do que, de fato, trata-se a notícia.

Hanne Caldas

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ah! É novela...

Verdade ou ficção? Novela da vida real? 
As manchetes dos jornais são usadas para atrair a atenção do leitor. O jornal Dez Minutos costuma publicar em todas as suas edições chamadas de cenas de novelas, o que dificulta o entendimento do leitor. Alguns exemplos são “Léo tenta matar Pedro”, “Alberto beija Sarita e Fica Preso”... Afinal, quem são essas pessoas citadas?
É certo que na parte inferior da página está escrita a editoria “CANAL”, no entanto, esse termo não indica muita coisa do que será abordado. Logo abaixo, uma pequena matéria com fundo em rosa e azul fornece informações sobre novela, reality show, etc. Na sequência vem um chapéu com uma fonte muito pequena, geralmente com o nome da novela “Fina Estampa”, “Aquele Beijo”, entre outras. Em seguida uma chamada com tamanho da fonte consideravelmente “grande”, atraindo o olhar para o texto, pois, “O tamanho do corpo da letra relaciona-se com a altura da voz, que, por sua vez, representa um tipo de valorização da notícia”(HERNANDES, 2006, p.210).
A principal dificuldade desse tipo de publicação, é que os leitores que não são adeptos ou acompanham as novelas ficam “perdidos” quando se deparam com tais informações. Então, a dica é que o jornal Dez Minutos apresente um contraste maior do estilo das noticias relacionadas à ficção, deixando claro já à primeira vista do que se tratam as matérias publicadas. Isso impediria que o leitor desavisado confundisse a ficção das novelas com fatos verídicos apresentado nas notícias.

Tuanny Dutra

Que tal ir mais fundo?





Na edição de 6 de novembro, o Jornal da Ilha publicou notícia com o seguinte título: “Alunos querem mais compromisso de professores”. A notícia, escrita por um professor, mostra certo descaso que vem acontecendo em Parintins já há algum tempo, mas que é um dos fatores que vem sido esquecido ou distorcido, sobretudo pela mídia, como já mostramos aqui em outros ensaios (http://observandoparintins.blogspot.com/2011/05/educacao-em-parintins.html).
Mais que uma crítica, proponho aqui um desafio. Uma notícia tão importante teve um espaço tão reduzido... Então que tal os jornais de Parintins irem mais a fundo, trazendo um dossiê, uma reportagem talvez? Vamos ver como é que está a educação de Parintins realmente?
Vamos às questões. Quais escolas são essas que estão passando por esse problema? Qual realmente é o problema, pois tudo precisa ser observado na legalidade. Qual o posicionamento da secretaria de educação e da escola sobre esse tema?
Há uma contrapartida para os professores que faltam e não repõem seus dias de aulas e isso precisa ser reiterado para que tudo seja entendido. Existem discussões e trâmites legais que precisam ser investigados e observados para que o caso seja entendido pela população.

Helder Mourão

sábado, 12 de novembro de 2011

Autopromoção popular


"Narciso", do pintor Caravaggio



Na 2ª edição de outubro de 2011, o jornal A Folha do Povo traz na editoria Geral uma notícia intitulada “Bloco Os Papudinhos homenageará Alan Gomes” que relata os motivos da homenagem.
Primeiramente, vale ressaltar que a pessoa que será homenageada pelo bloco no carnaval de 2012, Alan Gomes, é o proprietário do jornal A Folha do Povo, o que caracteriza imediatamente o que chamamos de autopropaganda.
Seguindo em direção a análise da notícia propaganda, primeiramente é possível verificar uma foto do Alan Gomes na parte esquerda do texto. Em seguida, quando discorre o texto, é possível confirmar a autopropaganda utilizando as palavras da fonte consultada, o presidente do bloco, Jorge Anselmo. Para exemplificar melhor a análise, no segundo parágrafo do texto é possível verificar as palavras de Anselmo: “Primeiro pela simplicidade e por ser um rapaz corajoso e ao mesmo tempo audacioso naquilo que ele quer, eu acho muito bonito isto da parte do Alan, é um rapaz determinado, é uma pessoa transparente, é correto...”.
O terceiro e último parágrafo é também somente a fala do presidente do bloco, o que caracteriza oficialidade da fonte, pois o repórter poderia ter entrevistado pessoas da sociedade que brincam na época do carnaval e os próprios foliões adeptos do grupo para ver o que pensam sobre essa decisão da presidência do bloco carnavalesco.
Enfim, percebe-se que o jornal utilizou o espaço de notícias sobre a cidade para fazer propaganda de seu dono, o que caracteriza falta de compromisso com o leitor. Dessa forma, compromete a prática do fazer jornalístico como forma social de conhecimento, já que com certeza um fato importante da cidade perdeu espaço no jornal para ser posto esta “notícia”, que não trata de algo de interesse geral da sociedade parintinense.

Hanne Assimen

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Da falta de apuração ao telefone sem fio



Na edição de 4 de Novembro, o jornal Plantão Popular trouxe uma notícia intitulada “Hospital oferece Transplante”. Nessa matéria há três graves problemas jornalísticos e outro problema de maior gravidade, uma questão social que por outras faltas de atenção já causou problemas.
A notícia trata de um suposto e-mail que a redação do Plantão Popular recebeu do médico Eduardo Bezerra, falando sobre um hospital de Sorocaba, interior de São Paulo, que faz transplante de córneas, mas que por falta de procura e pacientes, tem jogado algumas fora.

Os problemas
FONTE FALSA - A notícia é apresentada como se o médico Eduardo Bezerra tivesse enviado o e-mail para o jornal, quando na verdade ele tem sido enviado por uma corrente, da qual o mais antigo sondado é do mês de maio de 2007. Esse médico NÃO é do Hospital de Sorocaba, apenas enviou a mensagem pela internet. Três citações são postas no jornal, como sendo desse médico, porém o e-mail original circulou apenas na rede interna de uma empresa e só depois vazou. A segunda citação diz ainda que se o e-mail for repassado de mão em mão, poderá chegar a alguém que necessita. Uma falsa informação, pois esse médico não tinha essa intenção.
FALTA DE APURAÇÃO DOS DADOS – Para Luiz Costa Pereira Jr (2006), “A disciplina de verificação é um suporte para a edição, que melhor se realiza quanto mais planejado for o processo de produção da noticia” (p. 92). Bastou-me uma pequena pesquisa na internet para descobrir sobre esse problema, o que deveria ser rotina para qualquer informação que será passada ao público, ainda mais se tratando de algo que veio pela internet.
Tanto foi mal apurada a notícia que o número para contato com o hospital é repetido 25 vezes em duas colunas. Para quem vê rápido, pensa que são vários números para contato. Isso prova que foi usada uma antiga técnica de produção textual, o famoso “Ctrl + C” “Ctrl + V”, sem nem observar o que estava colocando.
FALTA DA FONTE DA NOTÍCIA – No mais, a notícia aparece como se tivesse sido produzida pelo próprio jornal e até aqui já da para sabermos que ela veio por e-mail e talvez nem tenha sido lida. Assim, faltou a fonte da origem da informação.
O PROBLEMA SOCIAL – Esse tipo de informação quando repercutida causa problemas e inclusive esperanças às pessoas afetadas por ela e principalmente ao Hospital relatado na notícia. Já discutimos antes aqui sobre a incrível credibilidade dada à mídia.
Para mais informações sobre o caso, esses dois sites relatam esse caso que vem sendo mal interpretado ou erroneamente passado a mais de 3 anos e traz ainda uma nota de correção à esse mal entendido.

Aqui, a matéria original da qual o ensaio foi feito:

REFERÊNCIAS
PEREIRA JUNIOR, Luiz Costa. Métodos de investigação na imprensa. Petrópolis, RJ. VOZES, 2006.

PÁGINAS DA WEB:

Helder Mourão

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Dinamismo ou autopropaganda?


Seria Parintins a Ilha da Fantasia?

Na edição nº 902, da semana de 22 a 28 de outubro, o jornal Novo Horizonte trouxe na editoria Cidade, página 4, uma notícia intitulada “Bi Garcia recebe prêmio na Alemanha” que relata sobre a ida do prefeito à cidade de Colônia, na Alemanha, para receber o prêmio na 17ª edição do “Meeting City Dinamics World 2011”.
No primeiro parágrafo, a notícia relata: “O prefeito Bi Garcia viaja neste próximo final de semana para a Alemanha onde vai receber o prêmio modelo de gestão pública pela integração e resgate da máquina administrativa, por ter conseguido em sua gestão como prefeito, incluir Parintins entre as 300 cidades mais dinâmicas do mundo.”
É importante questionar duas colocações dentro deste pequeno trecho: a primeira que afirma a existência de um “resgate da máquina administrativa”, pois fornece o sentido de que a “máquina administrativa” tenha sido roubada, sequestrada, ou algo parecido, já que ela foi “resgatada”, segundo consta o texto. Ainda sobre isso, é válido verificar que o jornal não explica ao leitor o que significa o termo “máquina administrativa”.
Outro ponto importante é a inclusão de Parintins entre as 300 cidades mais dinâmicas do mundo. Mas afinal, o que é ser uma cidade dinâmica? O que a torna dinâmica? Ela se mexe, sai do lugar, é flexível, se movimenta, cresce pra algum lado? Em nenhum momento, quando se fala que Parintins é uma cidade dinâmica, o jornal traz explicações fundamentadas do que seja, nesse sentido, ser cidade dinâmica.
Vale lembrar que na cidade o que mais se ouve e se vê é propaganda com o slogan “De Parintins para o mundo ver”, é sempre a mesma visão de que a cidade é maravilhosa, que está tudo muito bem, que é o melhor município, e que tem sempre a melhor educação, melhor saúde, melhor e sempre melhor em tudo. Mas nunca mostram a verdadeira realidade da Ilha, pois só é viver para ver, a educação é baixissima, a saúde pior ainda, a segurança se afogou no rio que passa na frente da cidade, entre tantos outros problemas que precisam ser pensados para melhorar o cenário real que boa parte da população da cidade vivencia diariamente com muito pesar. Será que são esses problemas que caracterizam ser uma cidade dinâmica? E ainda, o que a população pensa sobre morar numa cidade dinâmica?
Afinal, o que se analisa sobre isso é a existência da constante autopropaganda do poder político em voga - pois muito se fala, mas pouquíssimo se evidência nesses textos sobre o verdadeiro cotidiano do parintinense.

Hanne Assimen


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Retrato do terror


     
O jornal A Folha do Povo volta a uma prática que tornou-se comum na sua política editorial: a apresentação de fotos de cadáveres. Esse grave erro foi constatado na 2ª edição de outubro, na qual é dada metade da capa e toda a página 5 para se mostrar o caso de decapitação de Hudson Alves.
Ao dar muita evidência ao ocorrido, percebe-se que o A Folha do Povo cria, direta ou indiretamente, a sensação de pânico em seus leitores, tendo em vista que busca-se fazer uma espécie de linha cronológica com todos os casos de homicídio ocorrentes em Parintins no ano de 2011.
 Lendo o texto, o leitor pergunta para si mesmo: “será que estou seguro nessa cidade?”. Não podemos dizer se estamos ou não seguros em Parintins, mas pelo texto publicado no A Folha do Povo, a ideia de que a cidade é violenta aumenta, tendo em vista que, em todo o texto, pontua-se um por um por os homicídios ocorridos nesse ano na cidade.
Além de mostrar o retrato do terror, o jornal faz uma coisa muito pior, que é a exposição da imagem de uma cabeça na capa e no corpo da matéria sobre os homicídios. Vendo isso, pode-se concluir que o único objetivo do veículo é fazer que a venda dele possa crescer, pois há a ideia de que quanto mais desgraça há, mais o povo se interessa por um determinado fato. Nessa dedução, chega-se a uma conclusão: o A Folha do Povo mostra cadáveres frequentemente para que a venda de seus exemplares possam ter um crescimento estrondoso.
Hudson Alves não é a primeira vítima de homicício que tem seu corpo exposto no periódico. Em outras oportunidades o veículo mostrou um rapaz morto com chave mecânica em um de seus olhos, uma moça enforcada no quintal de sua casa, entre outros casos. Com essas coberturas altamente sensacionalistas, o informativo desrespeita a dor das famílias, que, além de já ter que suportar a perda de um ente-querido, ainda têm que ver um jornal tirar proveito da situação para aumentar sua vendagem.
Com essa prática, observa-se que a ética é algo que fica em segundo plano no jornal A Folha do Povo, afinal, o veículo prefere aumentar as vendas dos exemplares com as fotos horrendas, do que somente informar o ocorrido. Assim, aconselhamos à pessoa que fez o texto a ter umas aulas de Ética e Legislação do Jornalismo, pois, um verdadeiro jornalista não faz o que foi feito nessa edição do A Folha do Povo. Diante disso, o jornal deveria tentar ser mais humano, não entendendo as pessoas mortas como objetos a serem expostos.

Lacrima