terça-feira, 20 de março de 2012

Opinião sim, moralismo não!

Caso esta imagem tenha deixado você com vontade de beber, cuidado! Alerta do Plantão Popular!

Nas edições nº 19 (do dia 25 de fevereiro) e nº 21 (do dia 29 de fevereiro de 2012), o jornal Plantão Popular refere-se aos excessos na utilização do álcool durante os festejos carnavalescos da Ilha.
Na primeira edição analisada, o jornal expõe em seu editorial sua opinião sobre o tema, o qual está intitulado “Alegria movida a álcool”. Neste, o autor apresenta os dados quantitativos sobre o investimento em bebidas alcoólicas, destinados para a venda no Carnailha 2012. Mas, sobretudo, apresenta no contexto deste diálogo um discurso moralista. Um dos trechos que evidencia posicionamento: “De acordo com o volume de venda de cerveja apresentado pelas distribuidoras, assim como a corrida irrestrita pelo lucro, não há dúvidas de que o número de consumidores ou dependentes do produto, indiscriminadamente, tenha crescido e atingido níveis pra lá do considerado aceitável.”
A primeira vista fica claro um discurso que está preocupado com o alto consumo de álcool e que pode levar a várias consequências, como a violência. Por outro lado, ficam implícitos alguns questionamentos referentes às colocações no trecho acima como: desde quando foi indicado um nível aceitável para se consumir bebida alcoólica? Aceitável pra quem? Será que para quem escreveu o jornal? Pois, com esta atitude o que dá a entender é uma tentativa de ditar, sem comprovação, como um cidadão deve se comportar e o quanto deve consumir, ou seja, ditar normas para comportamentos considerados “adequados”.
Já na segunda edição, o jornal apresenta uma seção denominada “Plantão Debate”, dessa vez movido pelo seguinte questionamento: “Álcool: combustível da alegria?”. Para responder a pergunta, o jornal consultou três fontes: o professor da UFAM Jefferson da Cruz, a auxiliar administrativa Karliany dos Santos e o Major Túlio Freitas. Como já era de se esperar todos os entrevistados usaram discursos com justificativas diferentes, porém com a mesma finalidade: afirmar que a bebida não é um combustível da alegria. Mas aqui fica a dúvida: qual o critério de seleção dessas fontes?
Contudo, percebe-se que o jornal não procurou dar voz ao público que tenha uma idéia diferente, que discorde do assunto ou mesmo que concorde que o álcool seja o combustível da alegria, pois vale lembrar que nem todo mundo que bebe fica uma pessoa chata, implicante ou violenta, pelo contrário, existem pessoas que são introvertidas e que quando bebem apenas ficam alegres e nada mais, não dá para generalizar um modelo do usuário de álcool. Ou seja, faltou mostrar o tão revisitado conceito que é apresentado pelo jornal: o outro olhar.

Hanne Assimen

3 comentários:

  1. É muita falta do que fazer! só resta questionarem se "cú de bebum tem dono". Ta sem ideia? Vai tomar uma!

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  2. Que comentário pífio e sem fundamento!!
    Baixaria! Cachacinha, vai vc, idiota! =/

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