terça-feira, 6 de março de 2012

São apenas essas informações?



“O jornalista deve relatar os fatos com rigor e exatidão e interpretá-los com honestidade. Os fatos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público” (SOUSA, 2001, p.94).


A edição de nº 90 do Jornal “Repórter Parintins” trouxe uma matéria intitulada ‘David Assayag, a voz da Amazônia na Sapucaí’. A matéria trata da homenagem que a escola de samba Acadêmicos do Grande Rio fez ao levantador de toadas amazonense.
É valido destacar que o tema do enredo da Grande Rio foi “Eu acredito em você! E você? (Histórias de Superação)”. Um dos destaques da escola foi o exemplo de David Assayag, pois, ainda quando jovem, perdeu a visão e mesmo assim se superou mostrando seu talento musical no Amazonas. Em nenhum momento a escola de samba fez homenagem aos Bois de Parintins. É claro que o carro que trazia o levantador de toadas vinha representando a realidade que vive o cantor, os bois Garantido e Caprichoso. Na frente do carro alegórico da Grande Rio estavam a porta-estandarte do Garantido (Raissa Barros) e a porta-estandarte do Caprichoso (Karine Medeiros). E junto ao levantador de toadas vinha a Cunhã Poranga do Caprichoso (Maria Azêdo).
A agremiação de samba trouxe representantes de ambos os bois, já que estava homenageando o levantador de toadas que fez parte dos dois. Em nenhum momento a equipe do Jornal Repórter Parintins trouxe essas informações ao longo do texto, eles explicitaram uma matéria tendenciosa ao Boi- Bumbá Caprichoso, citando apenas as representantes do boi azul, como se a escola de samba tivesse homenageado o Caprichoso. Independente de qual Boi-Bumbá está o levantador de toadas, a sua história deve ser contada. Na notícia, é como se David só tivesse sido homenageado por estar atualmente no Caprichoso. Os créditos devem ser dados a quem  merece, nesse caso, o levantador de toadas e não a uma ou outra Associação Folclórica de Parintins.
Ainda ao longo do texto o jornalista cita que a beleza da mulher amazonense foi representada pelas brincantes do boi Caprichoso. Havia uma representante do boi contrário também que não é citada em nenhum momento da matéria. E a fotografia que ilustra a notícia também só trouxe a foto do Caprichoso.
Acredito que o jornalista ao escrever esta matéria deveria ter sido mais fidedigno aos fatos, pois para os leitores que não acompanharam o desfile da Escola de Samba só existiu o Boi Azul e nada mais. Ou o jornalista é fanático pelo Boi Caprichoso ou ele esqueceu que não cabe ao repórter ocultar informações que sejam necessárias para o entendimento correto do texto.

Yasmin Cardoso

Referências:

7 comentários:

  1. O escritora fez bonito!!!

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  2. não que eu tenha a ver, mais do meu ponto de vista você foi infeliz na sua colocação se o jornalista é do caprichoso o problema não é seu e outra ele faz isso porque não tem outra coisa pra fazer, qualquer noticia pra ele é válida.
    grato.....

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  3. Anônimo, a partir do momento em que vc lê os ensaios do blog, vc faz parte dele podendo expressar a sua opinião. Como disse Voltaire: " Posso não concordar com nenhuma das palavras que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dize-las".
    É muito importante para toda a nossa equipe que vc expresse sua opinião, pois só assim saberemos o que pensam os nossos leitores.
    Muito obrigada por acessar o nosso blog. Visite-nos sempre!
    Att,
    Yasmin Gatto Cardoso!!! ;)

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  4. visitarei sempre que puder, você é ciente das suas condições como observadora, e eu sou ciente do que vou observar do conteúdo que vou ler e das palavras que vou usar pra expressar minha opinião.Nem tudo concordarei mais não me oponho ao fato de ajudar vc no seu crescimento.Não fique chateada é meu dever como cidadão e ser social concordar ou discordar.
    grato pela resposta.........

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  5. Não creio que a colocação de o jornalista ser do caprichoso tenha sido infeliz, pois independente disso ele precisa ter o mínimo de neutralidade com o tratamento da informação.
    Sabemos que a neutralidade ou impessoalidade total é impossível, mas o mínimo de critério deve ser usado. Caso, aceitaríamos posições de jornalistas Nazistas sem ser da nossa conta??
    Se qualquer notícia para o jornalista é válida, como vc disse acima, para nós, estudantes e leitores, não deve.

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  6. Vc é quem deve ser do contrario pra se importar com isso. ficou nervosinha porque nao tocaram o nome do seu boi.kkkk coitada. é Caprichoso no sangueee

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