quarta-feira, 7 de março de 2012

Precisa-se de mais fontes


A edição do Jornal Novo Horizonte referente à semana de 25/02- 02/03 trouxe uma matéria intitulada “Justiça manda família desocupar terreno no Macurany”. A notícia fala sobre uma desocupação de propriedade, onde os residentes moravam há cerca de 60 anos.
Ao ler o texto percebe-se que a família que teve que sair do local estava indignada, pois tinham os documentos do terreno. Mesmo assim a juíza deu ganho de causa ao requerente. O que fica confuso na matéria é o fato de o repórter não explicar o porquê dos moradores terem sido expulsos, já que possuíam a documentação do local.
É visível que o jornalista fez uma abordagem humanizadora no texto, só que faltou mais esclarecimento para que os leitores conseguissem entender o que de fato motivou o despejo.
Outro ponto falho é a consulta das fontes, pois ao longo de toda a notícia o jornalista coloca apenas o depoimento da dona da casa e do advogado do requerente.  É um jogo de falas de acusação e de defesa, que não exemplificavam melhor o ocorrido. Há outros personagens que poderiam ter sido consultados, pois são citados no texto. Tem a figura do oficial de justiça – que poderia ter esclarecido melhor o que aconteceu; há os policiais militares que ajudaram na ação, e mais 19 pessoas que moravam no lugar.
A falta de consulta de mais fontes jornalísticas[1] prejudica o desenvolvimento do texto e, por conseguinte, o entendimento do leitor. Essa não é uma particularidade do Jornal Novo Horizonte, os jornais impressos da Ilha costumam, quase sempre, fazer o mesmo.

Yasmin Cardoso

Referências:

SOUSA, Jorge Pedro. Elementos do Jornalismo Impresso. Porto: Universidade Fernando Pessoa, 2001.


[1] Toda e qualquer entidade que possua dados susceptíveis de ser usados pelo jornalista no seu exercício profissional pode ser considerada uma fonte de informação. Existem, assim, vários tipos de fontes: humanas, documentais, eletrônicas, etc. (SOUSA, 2001, p. 62)

2 comentários:

  1. você não precisa rotular o que precisou,faltou isso é evidente que o jornal foi infeliz em não colocar ''os porques'' quem foi o culpado,porque eles teriam que se retirar do local e etc...
    você só faz ler o jornal e julgar o vai a campo pesquisar os fatos.O que escreveu essa materia poderia melhorar sim, mais já passou pela sua cabeça que o tempo dele,poderia está escasso, ou que as condições de trabalho o ocupem. POIS É OS JORNAIS DE PARINTINS SÃO PRECÁRIOS.fALTA MUITA COISA MELHORAR MAIS NÃO É VC QUE VAI MUDADR O MUNDO.
    MAIS CONTINUE VOCE ESTÁ NO CAMINHO...TENHO MEU PONTO DE VISTA....GRATO

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  2. Olha Anônimo, já reconhecemos o fato da precariedade dos jornais de Parintins, mas ninguém lembre disso. O fato de os jornais serem precários, ainda assim, não é desculpa para isso. Primeiro que esse é o maior jornal da cidade. Depois que é um jornal semanal, se uma semana em uma cidade pequena, não da pra melhorar esse tratamento,não sei... Outra, se o jornal é precário porque os jornalistas vivem idolatrando algumas empresas daqui, como se fossem o próprio paraíso na terra.
    Se a empresa quer um bom jornal, tem que investir. Nenhum jornalista de Parintins busca a melhoria da empresa em que trabalha.

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